Conflito com crenças pessoais, alta abstração de conceitos e necessidade de conhecimentos de outras ciências são dificultadores do ensino de Evolução Biológica na educação básica. Nessa grande área, adaptação é um dos temas que mais causam confusões conceituais devido ao seu uso coloquial e à atribuição de intencionalidade do indivíduo no ato de adaptar-se. O objetivo deste trabalho é analisar os conhecimentos prévios de alunos de três turmas da terceira série do Ensino Médio em uma escola pública de Mossoró, Rio Grande do Norte, acerca do tema “Adaptação dos seres vivos”. A metodologia utilizada foi a aplicação de questionário impresso contendo quatro perguntas abertas a serem respondidas em aproximadamente 20 minutos. As respostas foram analisadas e classificadas como satisfatórias, parcialmente satisfatórias ou insatisfatórias de acordo com critérios bem estabelecidos na literatura. Aplicou-se 50 questionários, resultando em um total de 193 respostas. Mais de cinquenta por cento das respostas foram consideradas insatisfatórias, demonstrando que, apesar de conhecerem os conceitos, os discentes ainda encontram dificuldade para compreender a adaptação como um processo evolutivo. Evidenciou-se a existência de confusões conceituais com a ontogenia e a ideia equivocada de que as adaptações derivam da evolução, em vez de serem processos evolutivos. Os resultados desse estudo evidenciaram que o entendimento de adaptação apresentado pelos alunos ainda encontra-se com equívocos, nesse sentido, sugere-se uma melhoria na aprendizagem dos estudantes sobre este assunto.