Este artigo, se materializa a partir de uma experiência formativa com professoras em exercício no âmbito do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (PARFOR), as quais tiveram a oportunidade de vivenciar o cotidiano da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, nos seus processos de alfabetização e letramento, com a imersão nos espaços formativos e realização de entrevista com diferentes sujeitos que participam efetivamente do processo. Nesse sentido, o objetivo mobilizador pauta-se em refletir sobre as percepções e processos pedagógicos de alfabetização e letramento na Educação de Jovens, Adultos e Idosos a partir dos diferentes sujeitos e olhares. A pesquisa tomou como referência empírica uma escola do segmento I da Educação de Jovens, Adultos e Idosos de uma cidade do interior da Bahia. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos por quatro estudantes, três professores, uma coordenadora pedagógica e uma diretora escolar. No âmbito metodológico, trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com produção de dados por meio de entrevista semiestruturada. Em toda a pesquisa, a abordagem teórica baseia-se, sobretudo, nos estudos de Paulo Freire, Miguel Arroyo, Magda Soares, Carlos Rodrigues Brandão entre outros que contribuem para ampliar as discussões sobre a temática. Pelos dados e análises realizadas, os resultados apontam para a necessidade de intensificação dos processos formativos, bem como pela urgência de ampliação da oferta qualificada principalmente no que se refere ao segmento I que se ocupa com os processos de escolarização inicial no intuito de contribuir com a alfabetização e o letramento dos estudantes da classe trabalhadora. Além disso, os dados apontam pela urgência de políticas públicas efetivas que atendam às necessidades dos sujeitos não alfabetizados ou pouco escolarizados que estão ocupando o mapa do analfabetismo no país.