Este estudo é fruto da pesquisa de Doutorado em Educação e se inclina sobre um estudo de caso etnográfico nas olarias da comunidade Distrito de Maragogipinho - Aratuípe BA e nas práticas pedagógicas da Escola Professor Edivaldo Machado Boaventura que tem como objetivo geral Investigar a interface cultural da Matemática Geométrica tradicional (Moderna) ensinada na escola com a Matemática Geométrica da Cultura do Barro produto cultural-antropológico, aprendida nas Olarias, buscando identificar a relação com os princípios da etnomatemática, programa metodológico difundido pelos autores D’Ambrósio (2021), Eduardo Sebastiani (1993), Knijnik (1996), Freire (1997) dentre outros. Foi observado que os sujeitos envolvidos na pesquisa oriundos da cultura do barro presente nas olarias, se atraíram mais por os assuntos geométricos matemáticos, se delineando nos conteúdos que mereciam de deduções cognitivas, usando a imaginação como ferramenta necessária para resoluções de problemas. Nesse processo foram usadas três modelagens matemáticas: as planificações dos sólidos geométricos, o kirigamis e o tangran. Nota-se que é de suma importância esse trabalho lúdico, utilizando a Etnomatemática, que desperta nos sujeitos-alunos a vontade de um novo amanhecer repleto de inteligências múltiplas para o desenvolvimento do conhecimento matemático, provando de diversas formas do conhecimento matemático