O ambiente escolar é um dos lugares onde a violência também acontece, principalmente através do bullying, uma prática repetitiva de agressões, que pode ser física ou psicológica, praticada de maneira intencional para intimidar e/ou humilhar o indivíduo. Com o advento da internet e das redes sociais de comunicação, o bullying passou a ser praticado no meio virtual, essa prática é chamada de Cyberbullying. A comunicação não-violenta (CNV), é uma prática que visa possibilitar mais compreensão e colaboração nas relações. Os 4 componentes da CNV são: observação, sentimentos, necessidades e pedidos. A CNV aponta padrões que afastam as pessoas, uma linguagem alienante que gera costumes como julgar, rotular, criticar e diagnosticar. Sabendo que o Bullying e cyberbullying também acontecem através de comunicação verbal e não verbal agressiva, com insultos e rotulagens, a comunicação não-violenta pode ser um meio para ajudar a desenvolver a inteligência emocional dos alunos, a empatia, a compreensão de si mesmo e dos outros. Capaz de gerar sensibilidade nos estudantes, melhorando a comunicação entre estudante-estudante, estudante-professor, até mesmo o aprendizado pode ser mais fluído, pois sabe-se a importância da afetividade e da comunicação no processo de ensino-aprendizagem. A habilidade socioemocional é um item da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a comunicação não-violenta é um método que permite organizar os sentimentos, desenvolver escuta ativa e empatia. Nesse contexto, pode ser utilizada em sala de aula como base das relações sociais, ajudando os alunos a olharem para o conflito sem julgamento, entendendo como se sentem e resolvendo a questão através do diálogo justo e pacífico. A redução do bullying, a melhora do ambiente escolar, o desenvolvimento de habilidades emocionais, diminuição de casos de violência escolar são consequências positivas do uso dessa comunicação no ambiente escolar.