Introdução: O Brasil ainda enfrenta desafios no cenário da saúde sexual e reprodutiva, com destaque para a gravidez na adolescência e infecções sexualmente transmissíveis. Sendo a adolescência considerada uma fase crítica para o estabelecimento de normas acerca da atividade sexual, intervenções escolares direcionadas à educação sexual objetiva minimizar tais consequências. Objetivo: Identificar o conhecimento dos adolescentes escolares sobre a importância do uso do preservativo e seu comportamento sexual frente ao gênero descritos na literatura nacional. Método: Estudo de revisão integrativa da literatura que inclui artigos originais indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF e SciELO, com recorte temporal de 2017 a 2022. Como estratégias de busca, foram utilizados os Descritores das Ciências da Saúde (DeCS): “Conhecimento”, “Adolescentes”, “Preservativo” e “Sexualidade”, com o auxílio do operador booleano “AND” para associação dos descritores. A pergunta norteadora foi formulada através da estratégia PICO: (acrônimo “P”: adolescentes escolares; “I”: uso do preservativo; “C”: não se aplica; “O”: conhecimento). Diante disso, foi delimitada a questão de pesquisa: Qual o conhecimento dos adolescentes escolares sobre a importância do uso do preservativo e seu comportamento sexual frente ao gênero? Resultados: Foram selecionados 21 artigos, com predominância de estudos descritivos, com delineamento transversal. Identificou-se que grande parte dos adolescentes possuíam conhecimento insuficiente sobre os três componentes fundamentais para o uso do preservativo (prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis, contracepção e dupla proteção) e quando avaliado o comportamento sexual frente ao uso do método, apresentavam comportamentos de risco. Na pesquisa também foram exploradas as características de gênero. Conclusão: As informações encontradas sugerem que a educação em saúde sexual nas escolas pode não estar ressoando de forma efetiva no público em questão. A educação sexual é essencial para promover o conhecimento de adolescentes frente ao uso de preservativos, sendo a escola o ambiente propício para desempenhar a troca de informações.