O sexismo ou discriminação de gênero tem sido um tema frequentemente discutido na atualidade, mas somente em 1988 que a igualdade de gênero foi promulgada no Brasil. A partir de uma análise bibliográfica, este estudo objetiva identificar como a escola e a família, que são os primeiros ambientes de socialização do indivíduo, contribuem para continuar disseminando a prática do sexismo que é algo secular, por isso, o presente estudo também traz um breve relato histórico acerca do tema. Uma sociedade que historicamente rotula as mulheres como frágeis e sensíveis, coloca os homens como provedores, trouxe e continua trazendo dificuldades para a vida das mulheres, seja através do acesso aos espaços educacionais, que por muito tempo eram extremamente escassos para as mulheres, ou até mesmo nas violências sofridas de diversas formas, seja psicológica, física, emocional, moral ou patrimonial. Esta pesquisa conclui que toda essa estrutura patriarcal é reproduzida de forma simbólica, ou seja, quem sofre não sabe que está sofrendo a violência, quem pratica não sabe que está praticando, pois, a dominação masculina é algo estrutural. Na atualidade, as mulheres já conseguem ocupar os espaços, exercer cargos, mas percebe-se que os esforços são bem maiores que os homens, as pessoas do gênero feminino precisam constantemente provar que são capazes, toda isso é um reflexo de tudo que é reproduzido pela escola, família e educadores. A partir desse estudo, fica a necessidade de mais estudos sobre o teme e de ações que quebrem os estereótipos impostos pela sociedade em detrimento do sexo, que as vozes e os corpos possam ser respeitados no contexto escola-família, formando então uma geração de adultos mais preparados para lidar respeitosamente com a diferença de gênero, esperando uma diminuição das dificuldades sofridas pelas mulheres em diversos contextos.