Investigando a respeito dos efeitos educativos que o teatro pode vir a reverberar socialmente, mesmo que seu objetivo não seja “conteudista”, este trabalho busca analisar, a partir do caráter essencialmente teatral, como espetáculos de cunho feministas auxiliam na competência crítica-reflexiva do/a espectador/a podendo vir a empoderar e emancipar sujeitos apreciadores desta arte cênica. Para tanto, a partir da experiência estética e sinestésica provocada pelo teatro, buscamos responder: como espetáculos produzidos e protagonizados por mulheres são capazes de provocar transformações sócio-político educativas? Assim, retomaremos à educação em seu sentido primeiro da palavra “educare”, significante de conduzir o ser humano do espaço privado ao público; e tendo o teatro, vindo do grego “theatron”, significante de lugar de onde se vê, capaz de, em um espaço comunitário, proporcionar ao público liberdade crítica, analítica, reflexiva. Acerca disso, dialogaremos com as teorias freireanas e brechtianas sobre a educação política e o teatro político, respectivamente, ancoradas na Pedagogia do Espectador de Desgranges (2001). Este artigo trata-se de uma pesquisa em andamento, logo, os resultados seguem em desenvolvimento.