A existência de teorias que subsidiam a prática educacional, por si só, não é garantia de encontrarmos sua aplicabilidade nas vivências pedagógicas. Considerando a contemporaneidade e os desafios postos a todos aqueles que se envolvem e desenvolvem a tarefa de educar crianças e adolescentes, sejam pais ou educadores, visto que o processo educativo e instrucional tem como pilares básicos as relações familiares, a práxis pedagógica, as interrelações entre os educandos e destes com a sociedade em geral. Levando também em conta que a sociedade de modo geral e expressivamente através das instituições formais como família e escola tem se ressentido de elementos que contribuam para a formação de seres mais conscientes e com maior habilidade de gerenciamento emocional. Isso posto, destacam-se os crescentes índices de vulnerabilidades entre os adolescentes no campo da saúde mental. Diante desta realidade, dedica-se esforço em pautar o cotidiano de trabalho na construção de uma práxis onde os processos educativos possibilitem o desenvolvimento da inteligência emocional auxiliando os sujeitos a potencializar suas relações consigo e com o outro. Buscando a estruturação dos pensamentos e sentimentos para construir um ser disposto a se repensar, auto desenvolver atitudes éticas, contemplativas do ser ético que há também no outro, buscando romper com a linearidade, pensamentos excludentes e a fragmentação dos diversos campos de conhecimento, que acabam por limitar o sujeito. Para subsidiar as bases filosóficas e teóricas das práticas vivenciadas utilizamos, entre outras, as referências de Edgar Morin, Viviane Mosé, e a visão da psicopedagogia por Alicia Fernández. Frente a esta realidade apresentada e agudizada pelo distanciamento inter e intrapessoal, desenvolveu-se a prática de oficinas de trabalho, workshops, círculos de diálogo, metodologia sandplay, tendo como alvo educadores, educandos e famílias, a fim de viabilizar o desenvolvimento da inteligência emocional no processo de ensino-aprendizagem.