Desde a aprovação da BNCC, em dezembro de 2017, que as Práticas Corporais de Aventura (PCA) vêm ganhando cada vez mais destaque nas aulas de Educação Física no contexto escolar. Contudo, por ser uma unidade temática que estimula a aventura, mas envolve riscos e medos, suscita também inquietações diante da possibilidade de ser realizada por alunos com deficiência na escola, principalmente quando se trata das PCA praticadas na natureza. Assim, como recorte de uma pesquisa de mestrado em andamento, buscamos com esse estudo identificar e analisar as pesquisas científicas publicadas com a temática das práticas corporais de aventura na natureza numa perspectiva inclusiva realizadas nas aulas de Educação Física no contexto escolar. Utilizamos o método bibliográfico a partir de buscas em bancos de dados virtuais, considerando o período de 01 de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2021 e os descritores: educação física, aventura, inclusão e deficiência. Foram encontrados 2.590 trabalhos (teses, dissertações e artigos), destes, 62 foram selecionados para leitura e 13 considerados elegíveis para pesquisa. Nestes, identificamos que as PCA já vinham sendo realizadas na escola bem antes da aprovação da BNCC, contudo sem mencionar a perspectiva inclusiva. Os estudos que abordam as práticas corporais de aventura na natureza e a pessoa com deficiência são discutidos no ambiente do lazer e não na escola. Diante do exposto, entendemos que as PCA na natureza no contexto da Educação Física Inclusiva escolar é uma lacuna a ser explorada, tanto no que diz respeito às demandas pedagógicas dos docentes, quanto as necessidades inclusivas dos alunos com deficiência.