Esta comunicação apresenta os resultados apreendidos a partir de uma prática interdisciplinar realizada junto aos estudantes do Instituto Federal de Sergipe/campus Aracaju, matriculados nos primeiros anos do Ensino Médio integrado a Educação Profissional, nos cursos de Alimentos, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Informática e Química, perfazendo 220 participantes, contando com a integração de 15 docentes de disciplinas das áreas propedêutica, politécnica e técnica. A atividade objetivou favorecer a compreensão dos estudantes acerca dos problemas sociais machismo e racismo, partindo da contextualização de conceitos teóricos, bem como, desenvolver atividade interdisciplinar favorecendo a percepção sobre a complementariedade do conhecimento científico. A experiência pautou-se nos entendimentos de Djamila Ribeiro sobre o racismo estrutural e em Chimamanda Adiche, em relação ao machismo, enquanto referencial teórico. Enquanto estratégia metodológica, foram realizadas leitura e debates durante as aulas e, com vistas à melhor contextualização das mencionadas problemáticas na realidade social atual, realizamos um debate com convidados de movimentos sociais, representando ambas temáticas, sendo uma advogada criminalista, militante do feminismo, membro da organização não-governamental “Ressurgir”, e também um membro do “Coletivo Quilombo”, representante do referido movimento nacional, no estado de Sergipe. A partir desses momentos de construção de conhecimentos, os estudantes produziram trabalhos e os apresentaram em um evento que representou a culminância da experiência, na qual compartilharam produções em formatos de desenhos físicos e digitais, cartazes físicos, banners digiais escritos em língua portuguesa e inglesa, vídeos, poesias e cordéis, atividades lúdicas (jogos cooperativos), músicas e dramatizações. Diante da qualidade dos trabalhos e do impacto observado, publicizamos os trabalhos para os demais estudantes, em evento realizado em espaço aberto, visando a sensibilizar a comunidade sobre a urgência no enfrentamento ao machismo e ao racismo, assim como, impactar os demais docentes para que se disponham a compor equipes em trabalhos futuros, dessa natureza.