O ensino de Biologia deve permitir a construção de uma concepção de ciência que englobe suas relações com a tecnologia, a sociedade e o ambiente. A busca por um método de ensino que minimize os obstáculos encontrados no processo de ensino e aprendizagem é uma constante preocupação na prática docente, porém, compreende-se que não há um caminho único que conduza com segurança à aprendizagem. A realização da oficina “Grupos Interativos: o ensino de membranas e sinalização celular no contexto das vacinas” teve como objetivo fornecer uma ação pedagógica que favorecesse o ensino contextualizado de vacinação aliado a uma organização de aula que fortalecesse a interação entre os discentes. Essa oficina visou auxiliar no aprendizado de conteúdos que se apresentam abstratos para os alunos, como o estudo de membranas e sinalização celular. A oficina foi aplicada para licenciandos em Ciências Biológicas de três Universidades Públicas do Estado do Ceará, com o intuito de proporcionar vivências com novas ferramentas e procedimentos metodológicos para abordagem do ensino de Biologia, no final os participantes responderam a um questionário investigativo sobre a oficina. A organização de aula por Grupos Interativos consiste em grupos reunidos de maneira heterogênea, que, mediados por um adulto voluntário, fazem rodízio a cada 15 a 20 minutos para a realização de todas as atividades propostas pelo professor. Por conta das restrições causadas pela pandemia da COVID-19, a oficina ocorreu de forma adaptada para aulas online com a utilização da plataforma Google Meet. Dos participantes, 87,5% não conheciam a organização de aula por Grupos Interativos, mas todos concordaram que o estudo contextualizado do tema vacinas facilita a compreensão dos conteúdos de membranas e sinalização celular, enfatizando a prática dos Grupos Interativos como estimulador de interações e uma ferramenta utilizada para reforçar e acelerar a aprendizagem de conteúdos de Biologia.