O saneamento ambiental é um direito básico garantido à população, todavia, ainda existe uma enorme lacuna entre o preconizado pela lei e a estrutura necessária para executá-la na prática. É tema de ampla concordância a assimilação entre uma má qualidade de vida e a inacessibilidade aos serviços de infraestrutura ambiental, a saber: saneamento básico, controle de vetores, conservação ambiental e qualidade da água e solo. A consequência direta desse problema é a disseminação e proliferação de vetores causadores de doenças, comumente ao que ocorre na comunidade residente em torno do Riacho das Piabas em Campina Grande, PB. Por falta de coletas adequada de resíduos, educação ambiental e serviços de saneamento a população encontra-se exposta a elevados riscos, resultantes na predisposição para desenvolvimento de patologias, principalmente, de veiculação hídrica, uma vez que o riacho possui indícios evidentes de contaminação por águas residuais e resíduos sólidos. Tais constatações puderam ser avaliadas a partir da assimilação entre o embasamento teórico e visitas de campo ao local, com o principal objetivo de correlacionar a ocorrência de patologias e a infraestrutura defasada do saneamento naquela região. Foi perceptível a disposição inadequada de materiais poluentes sob o corpo hídrico e em seu entorno, além da presença de roedores e insetos nesses materiais. Além desses fatores, se observou uma grande quantidade de entulhos na localidade, permitindo a suposição da existência de animais peçonhentos. Em suma, destaca-se que a contaminação das águas superficiais promove o ambiente apropriado para a disseminação de doenças que podem progredir para casos graves, como a leptospirose, febre tifóide, dengue e diarreias. Por isso, torna-se indubitável a contribuição do presente escrito à promoção de políticas de saneamento ambiental na comunidade estudada.