O presente trabalho é parte de pesquisa que busca analisar e compreender as ofensivas de grupos conservadores sobre a organização da Educação brasileira. São inúmeras as polêmicas recentes que apontam a intenção de enquadrar a Educação Escolar naquilo que convencionou-se chamar “pauta de costumes”: o movimento “Escola sem Partido”, as tensões em torno dos Estudos de Gênero na Educação Básica, a proposta de militarização de escolas de educação básica e a emergência e organização política das demandas por Educação domiciliar, em que não apenas processos políticos foram questionados, mas a própria organização da Escola, os conteúdos e a validade da Educação (Escolar). O nosso debate localiza estas iniciativas enquanto componentes de um mesmo esforço de esvaziar a função pública da Escola, regular o trabalho docente e restringir o currículo escolar a uma dimensão técnica e utilitarista. São objetivos da pesquisa – e que buscaremos debater na apresentação e Artigo: a) identificar os antagonismos presentes nos movimentos contemporâneos sobre a Educação; b) perceber as similaridades e divergências entre os discursos educacionais dos movimentos estudados; c) compreender as implicações do debate posto por tais movimentos para a organização da educação escolar e do trabalho pedagógico no Brasil contemporâneo.