A Organização Mundial de Saúde definiu saúde como “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença ou incapacidade”, esse tipo definição causou muita polêmica. Desde então, muitas discussões foram geradas no campo da saúde, mas há um consenso de que o conceito perpassa por dimensões filosófica, científica, política e tecnológica. Em 1999, o âmbito da espiritualidade foi acrescido ao conceito de saúde e essa amplitude propicia um olhar sobre a saúde do indivíduo de forma integrada. Para que a autonomia do indivíduo seja contemplada é necessário que a educação em saúde contemple a educação popular em saúde, que valoriza tanto os saberes e conhecimentos prévios da população como os conhecimentos científicos. A adolescência é uma fase que carece de estudos no campo da saúde. Portanto o contexto escolar é um ambiente ideal para o desenvolvimento do conhecimento e integração com a comunidade. Com base nisso, o objetivo desta pesquisa é realizar uma revisão integrativa com o intuito de analisar como a temática sobre o conceito de saúde integral é concebida pelos discentes dos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Esta pesquisa tem um caráter exploratório e descritivo baseado em uma abordagem qualitativa. Os resultados encontrados nos levam a inferir que a compreensão de saúde para a maioria dos adolescentes ainda está ligada a ausência de doenças. E se faz necessário o vínculo de um profissional da saúde na escola para que possa auxiliar e orientar os adolescentes a desenvolverem autonomia frente às necessidades de saúde. Contudo, deve haver um processo de educação contínua e permanente para resultar na formação integral dos adolescentes.