As ligas com memória de forma (LMF) são materiais metálicos que têm a capacidade de recuperar a sua forma inicial, mesmo após terem sofrido grandes deformações tidas como pseudoplásticas, através de um simples aquecimento que permite uma transformação de fase em estado sólido da martensita para a austenita. Esse fenômeno é conhecido como efeito memória de forma (EMF). Dado as suas propriedades excepcionais, as LMF, principalmente, as de base níquel-titânio, são amplamente utilizadas em setores que demandam alta tecnologia, como o biomédico, automotivo, aeroespacial, petróleo e gás, dentre outros. A incorporação de LMF em matrizes poliméricas permite a obtenção de compósitos ativos, que são materiais multifásicos produzidos artificialmente, e que também são chamados na literatura de compósitos inteligentes. Esses compósitos são criados com o objetivo de obter novos materiais com combinações de propriedades incomuns. A obtenção desses compósitos permite um conjunto de novas oportunidades e de inovação tecnológica, ao promover materiais com propriedades singulares, normalmente não encontradas em materiais convencionais ou em compósitos fabricados apenas com materiais clássicos. Por conseguinte, os compósitos incorporando as LMF se destacam pela variabilidade de aplicação devido às ligas com memória de forma apresentarem alto desempenho, baixa complexidade de fabricação e, além disso, propriedades notáveis quando se toma por base o comportamento termomecânico. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura nacional e internacional acerca das características gerais de compósitos ativos e as geometrias das LMF que vêm sendo incorporadas para a fabricação dessas estruturas. De forma geral, este estudo possibilitou verificar que compósitos ativos obtidos com incorporação de LMF NiTi representam a possibilidade de desenvolvimento de novas estruturas com aplicações diversas.