A população brasileira atravessa um processo de transição contínuo na sua estrutura apresentando um aumento de longevidade vital, o que ocasiona uma inversão na pirâmide etária. Nesse cenário se destaca a violência contra os idosos como uma problemática persistente no país, que se evidenciou com a instalação da pandemia do COVID-19, principalmente devido ao isolamento social como uma das medidas de combate à disseminação do vírus. Este estudo objetivou identificar os principais tipos de violências contra a pessoa idosa, relatadas em notícias e reportagens publicadas durante os últimos dois anos. Tem caráter documental, qualitativo e descritivo, realizado a partir das reportagens e notícias, encontradas no Google notícias. Fez-se análise dos dados, norteada pela análise de conteúdo, breves leituras dos textos e dos títulos que compreendem a temática retratada. Os resultados destacam que os idosos se tornaram suscetíveis a violência doméstica e institucional, com aumento do número de casos e denúncias durante o contexto pandêmico. As violências mais constantes foram classificadas como física, que chega a internações e óbito, financeira, patrimonial e verbal. Envolvem os familiares como principais agressores, na figura dos filhos. O grupo que mais sofre violência é o feminino. Percebe-se maior vulnerabilidade da população idosa, tendo em vista as dificuldades da vítima em realizar a denúncia de imediato, decorrente da proximidade com o agressor e do medo de ser desacreditado ou punido, mantendo a tendência de persistir episódios de brutalidade e descaso. Mostra-se evidente que esse panorama é um óbice de esfera pública que necessita de rompimento para que possa ser garantida e preservada a segurança e o bem estar desse grupo.