A transição epidemiológica e demográfica transcorre de forma intensa no Brasil, ocasionando o aumento a expectativa de vida e modificação da estrutura da pirâmide etária populacional, cada vez mais envelhecida. O objetivo deste estudo foi delinear o perfil sociodemográfico dos estudantes idosos acima de 60 anos da graduação dos 9 (nove) campi do Instituto Federal do Pará. A metodologia foi a pesquisa quantitativa, com informações extraídos do banco de dados da plataforma SIGAA e analisados no software R. Os resultados mostram que 53,2% dos graduandos acima de 60 anos são do sexo masculino e 46,8% do sexo feminino, que a maioria está matriculada no campus Belém (48,4%), e a minoria no campus Paragominas (1,6%). Em relação à raça/cor, 43,5% se autodeclararam pardos, 17,7% negros e 16,1% brancos. 37,1% dos alunos ingressaram através do exame de seleção na modalidade ampla concorrência, e 72,6% concluíram o ensino médio em uma instituição pública; 14,6% possuem renda entre 0,5 e 1,0 salário mínimo e 12,9% de 0 a 0,5 salário mínimo; por fim, 2011 foi o ano com a maior taxa de entrada, com 11 alunos ingressante (17,7%), e 2019 o ano com maior número de saídas (10,5%). Concluiu-se que o número de alunos idosos no IFPA é expressivo, particularmente no campus Belém, com uma maioria autodeclarada parda e proveniente do ensino médio da rede pública. A tendência é o crescimento destes números, acompanhando o acelerado processo de envelhecimento populacional brasileiro, carecendo, portanto, do desenvolvimento de uma assistência educacional específica voltada para este público.