A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012. A hipertensão arterial sistêmica é uma das doenças crônicas mais prevalentes em idosos e a falta de tratamento e controle podem elevar a morbimortalidade nesta população. Inúmeros são os tipos de exercícios que podem ser realizados para o controle desta condição clínica e, consequentemente, da qualidade de vida dos idosos. O objetivo deste trabalho é identificar qual exercício tem um melhor resultado no controle da pressão arterial em idosos. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada entre os meses de março e abril de 2022, nas bases de dados MEDLINE/ PubMed, COCHRANE e LILACS com os descritores: exercício físico, envelhecimento e hipertensão nos idiomas inglês e português. Treze estudos compuseram esta revisão, com um total de 475 idosos, entre 60 e 85 anos de idade. Dentre os exercícios físicos, os citados foram caminhada (n= 4), yoga (n=1), treino resistido (n=2), treino de força (n=2), natação (n=1), treino respiratório (n=1), treinos auto selecionados (n=1), treino intervalado de alta intensidade (n=1), exercício multicomponentes (n=1), associados ou não. Os protocolos utilizados foram variados, com sessões variando entre 15 a 50 minutos de duração, com frequência de uma até sete vezes por semana, intensidade submáxima e máxima. O protocolo mais longo durou 13 semanas. Apesar desta variabilidade, todos as modalidades de exercícios resultaram em reduções benéficas dos índices pressóricos, principalmente até 30 minutos após o término das sessões. Adicionalmente, os participantes expressaram melhor função cardiorrespiratória e maior tolerância ao exercício físico, que foram mensurados pela escala de esforço de Borg. Assim, o exercício físico quando realizado sob a supervisão de profissionais especializados, é um excelente aliado para melhorar a saúde cardíaca, diminuir as consequências das doenças crônicas e aumentar a capacidade funcional dos idosos.