O envelhecimento populacional no Brasil tem sido associado aos crescentes indicadores de doenças crônicas com necessidade de maior orientação e vigilância dos profissionais, sobretudo daqueles que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo desse trabalho foi verificar a prevalência de doenças crônicas e seus agravos em pessoas idosas atendidas em uma Unidade Básica de Saúde da Família. A pesquisa teve caráter descritivo e exploratório, a partir de dados secundários obtidos no e-SUS do Ministério da Saúde, por meio do Prontuário Eletrônico do Cidadão. As informações foram colhidas em uma Unidade Básica de Saúde da Família do município de Campina Grande - PB, em maio de 2022. Utilizou-se o programa Excel® para consolidação das informações e elaboração de gráficos. Notou-se que pessoas acima de 60 anos, majoritariamente eram do sexo feminino (63,8%). A doença mais prevalente nessa faixa etária foi a hipertensão arterial sistêmica - HAS (65,6%), seguindo da diabetes mellitus (24,7%). Identificou-se também que 19,7% dessa população apresentou algum diagnóstico de problema mental. Como agravos, verificou-se que 8% dos idosos tinham sofrido um infarto agudo do miocárdio e, 7,5%, AVC. A utilização de plantas medicinais como prevenção de doenças e agravos foi citada por 32,1% dos idosos cadastrados. As doenças crônicas são de múltiplas causas, podendo gerar incapacidades. Conforme ratificado em outras pesquisas, a HAS foi a doença mais prevalente e, ao mesmo tempo, mais passível de controle na APS, evitando assim, hospitalizações e complicações. Dessa forma, os profissionais da APS precisam intensificar as intervenções e as orientações para mudanças no estilo de vida, em um processo de vigilância e cuidado contínuo.