O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é considerado a principal causa de incapacidade funcional adqui¬rida no mundo, com alta prevalência em pessoas idosas. As repercussões do AVE pode ocasionar mudanças na vida dos sobreviventes, o que pode exigir mecanismos de enfretamento superiores aos que eles têm disponível para se adaptarem à nova realidade, resultando em estresse. Objetivou-se analisar a presença de estresse percebido em pessoas idosas sobreviventes de AVE. Trata-se de um estudo transversal realizado com 134 pessoas idosas cadastradas em Unidades de Saúde da Família. Os dados foram coletados mediante a utilização de um instrumento semiestruturado para obtenção dos dados sociodemográficos e clíni¬cos e a Escala de Estresse Percebido. A análise dos dados foi realizada no software SPSS versão 22.0, por meio de estatística descrita. O projeto foi aprovado sob parecer de número 2.994.882, com CAAE 91360718.1.0000.5188. Identificou-se maior frequência do sexo masculino (54,5%), 60 a 69 anos (63,4%), casados (59,0%), um a quatro anos de estudo (49,3%), aposentados (66,4%), com renda de um a três salários mínimos (78,4%). O último AVE foi há mais de um ano (61,2%), tipo isquêmico (67,2%), com predomínio de seque¬las motoras (66,4%) e fraqueza muscular (45,5%). Sobre à reabilitação, 48,5% fizeram ou fazem terapêutica de reabilitação. O estresse percebido foi classificado como moderado (21,460; ±5,18), foram observados níveis de estresse mais elevado nas seguintes questões: ter se sentido com frequência incapaz de controlar as coisas importantes da sua vida (2,72; ±1,11) e esteve preocupado (a) por causa de alguma coisa que aconteceu inesperadamente (2,64; ±1,01). O nível de estresse deve ser rastreado e monitorado continuamente, para que seja identificado precocemente a fim de auxiliar os profissionais de saúde na elaboração de um plano de cuidados que favoreça a reabilitação e a reintegração dessas pessoas à sociedade, reduzindo risco para um novo episódio de AVE.