A Hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica, causada pela bactéria chamada de Mycobacterium leprae, a qual acomete, principalmente, a pele, as mucosas e os nervos periféricos. Possui um alto poder incapacitante, se constituindo como mais um agravante na qualidade de vida da pessoa idosa. Ademais, deve-se ressaltar que, historicamente, há um grande estigma social e discriminação às pessoas acometidas pela doença, podendo afetar a saúde mental. A patologia ainda a permanece como um importante problema de saúde pública no Brasil, sendo de notificação compulsória. O presente estudo se propôs a avaliar as características clínica e epidemiológica dos casos de hanseníase entre idosos (a partir de 60 anos) no Brasil. O estudo tem perfil descritivo, transversal, retrospectivo, de base secundária e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo, a partir dos critérios de seleção, foi constituída por 39.724 casos novos de hanseníase registrados no Brasil entre 2016 a 2020. Tais dados foram colhidos através dos Sistemas de Informações de Saúde. As variáveis utilizadas foram: região de notificação, sexo, classificação operacional, grau de incapacidade física e modo de saída. Foram utilizados métodos estatísticos descritivos para analisar os dados coletados por meio do Microsoft Excel 2019®. Os índices de Hanseníase no Brasil demonstraram-se menores quando comparados ao período 2011/2015. Na população idosa, a prevalência é maior entre os homens, independente da faixa etária. Ainda se destacaram a classificação multibacilares, grau de incapacidade 0 no diagnóstico e na cura, além de modo de saída por cura. Apesar da baixa nos números, ainda pode-se considerar o déficit na detecção precoce da doença. Há necessidade do reforço e a especificidade de políticas e ações a idosos visando o diagnóstico precoce.