Introdução: O envelhecimento da população contribui para o crescimento do número de pessoas com multimorbidade. Diante disso, a necessidade de intervenção em diversos problemas de saúde leva a polifarmácia, que está associada a diversos desfechos negativos em idosos. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados à polifarmácia em idosos na Atenção Primária à Saúde (APS). Metodologia: O estudo foi elaborado como uma revisão de literatura com busca de artigos no MEDLINE e no LILACS através dos descritores Atenção Primária à Saúde, Idoso e Polifarmácia; publicados de 2017 a 2022. Foram obtidos, inicialmente, 346 artigos que, após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram reduzidos a um corpus amostral de 11. Resultados: Os estudos demonstraram que a polifarmácia esteve elevada entre idosos na APS e que a sua ocorrência aumenta à medida que a idade avança, estando relacionada à multimorbidade e a intervenções médicas excessivas, com papel significativo de interferências para tratar efeitos adversos de medicações primariamente prescritas. Nesse contexto, é preciso atentar para prescrições potencialmente problemáticas, fazendo prevalecer a prevenção quaternária quando os riscos são maiores que os benefícios, potencializando a qualidade de vida. É pertinente apontar, ainda, que a polifarmácia nem sempre é um evento evitável, de maneira que as medicações em uso podem ser numericamente espantosas, mas clinicamente necessárias e adequadas ao paciente. Diante disso, revisar sempre os esquemas terapêuticos deve ser uma prática incorporada ao exercício da profissão médica. Considerações Finais: Conclui-se, portanto, que a polifarmácia é um fenômeno que necessita de intervenção, na tentativa de evitar a cascata de eventos negativos advindos dela, cabendo o olhar atento do médico de família. Diante disso, vê-se a importância da prevenção quaternária e integralidade, enxergando o paciente como um todo e buscando tratar o doente e não a doença isoladamente.