O envelhecimento populacional tem contribuído para o aumento das doenças crônicas não-transmissíveis como o câncer, que trata-se de uma doença multifatorial, com alta incidência e prevalência no Brasil. As repercussões do câncer e seu tratamento na vida da pessoa idosa, pode ter impactos muito negativos, afetando significativamente sua rotina e a qualidade de vida, sendo o conhecimento sobre a doença um diferencial importante para o seu enfrentamento. Objetivou-se identificar os dados sociodemográficos e as características do tratamento oncológico em pessoas idosas. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com 78 participantes, realizado entre os meses de novembro e dezembro de 2021, em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Os dados foram coletados mediante a utilização de um instrumento semiestruturado para obtenção dos dados sociodemográficos, tempo de tratamento e tipo de tratamento oncológico. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba (CEP/CCS/UFPB) sob parecer nº 4.622.548. Identificou-se maior frequência do sexo feminino (52,6%), casados(as) ou em união estável (69,2%),com ensino fundamental incompleto (56,4%), aposentados (78,2%), que referiram práticas religiosas (98,7%), e em tratamento de radioterapia (62,8%). Os dados obtidos neste estudo permitem aos profissionais de saúde um conhecimento acerca do perfil da população idosa em tratamento oncológico, contribuindo para reflexões acerca das ações de promoção da saúde que visem estimular o autocuidado e a autonomia da população idosa.