No Brasil, a saúde tornou-se um direito universal a partir da Constituição de 1988, na qual houve a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio dos artigos 196 ao 200. Paralelo à regulamentação do SUS, o Brasil inicia seu processo organizacional para responder as crescentes demandas da população que envelhece. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento histórico de políticas públicas de saúde voltadas para os cuidados com a população idosa, considerando o contexto sócio-histórico-político, e os benefícios que tais acontecimentos trouxeram para melhorar o bem-estar do indivíduo em fase de envelhecimento. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, no mês de abril de 2022, a partir de uma análise de artigos da base de dados da SCIELO e, também, em fontes institucionais de âmbito nacional de documentos governamentais, como, decretos, leis e portarias com a utilização dos seguintes descritores: políticas públicas e idosos. Foram encontrados 247 artigos e documentos relacionados à temática, publicados entre 1999 e 2020, 26 foram utilizados e 221 foram excluídos. Ao fim desta análise, observou-se que, durante um grande período na história do Brasil as políticas públicas eram direcionadas a uma população mais jovem, foi somente nos anos 70 que o processo sociopolítico começou a operar mudanças diante do novo perfil da população. Apesar de existir muitas políticas focalizadas no idoso, as dificuldades na implementação abrangem desde a captação precária de recursos ao frágil sistema de informação para a análise das condições de vida e de saúde, como também a capacitação inadequada de recursos humanos. Com isso, constatou-se que o bem-estar do idoso também depende da alocação de recursos em outros setores e não só o da área da saúde, pois ele precisa estar bem psicologicamente, socialmente e fisicamente, pois o contexto onde ele está inserido influencia completamente o seu bem-estar.