O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2010, projetou o aumento expressivo da população idosa nas próximas décadas, o que demandará uma reestruturação da sociedade para acolher esse grupo nos mais diversos âmbitos, entre eles o educacional. O presente estudo teve como objetivo identificar os desafios dos alunos idosos de graduação, do campus Belém do Instituto Federal do Pará, através de uma análise quantitativa e qualitativa de dados coletados por meio de um questionário semiestruturado, aplicado a todos os alunos matriculados idosos a partir de 60 anos, onde constatou-se um quadro de 6 alunos dentre todos os cursos de graduação ofertados pela instituição. Os resultados mostram que 66,7% dos alunos declararam possuir uma relação interpessoal boa com a turma, porém 83,3% afirmaram sofrer discriminação devido à idade. 83,3% afirmaram possuir barreiras no processo de aprendizado, sendo estas especificadas como: dificuldade em manusear o computador (66,7%); dificuldades em utilizar o sistema SIGAA (83,3%); problemas com cognição (66,7%), dos quais 40% afirmaram ser problemas com atenção e entendimento; não possuir suporte dos professores além da sala de aula (50%). 100% dos alunos afirmaram que o seu principal objetivo com a graduação é alcançar satisfação pessoal, e todos os entrevistados afirmaram receber apoio, incentivo e orientações da família. Estes resultados refletem os estereótipos negativos associados aos idosos, o analfabetismo digital resultado do desenvolvimento tecnológico acelerado, e a possível não adequação da instituição frente à transição demográfica em curso. Propõe-se a realização do nivelamento digital no campus, a fim de diminuir as dificuldades de manuseio do computador e da internet, e de ações socioeducativas para inseri-lo de forma igualitária no processo de aprendizagem.