No Brasil, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, associados aos altos índices das doenças crônicas não transmissíveis, propiciaram uma demanda maior por cuidados paliativos, fundamentais para a qualidade de vida da pessoa e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Uma vez que, para a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cuidados paliativos devem ser ofertados a pacientes quando existe um diagnóstico de doenças que ameaçam a vida, a atenção básica, tem um papel importante, não só nos processos curativos, mas, sobretudo, nos processos paliativos para além dos muros hospitalares. Esse estudo tem o objetivo de analisar o conhecimento dos profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS), acerca do conhecimento sobre a utilização dos cuidados paliativos em idosos. Trata-se de um levantamento bibliográfico nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, e em artigos completos publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas inglês, espanhol, português, onde 12 artigos atenderam aos critérios de inclusão selecionados para esse estudo. Como resultados, percebe-se que ainda falta preparo profissional para o entendimento de que os cuidados paliativos não são apenas para pacientes terminais. Diversos artigos apontam que idosos com doenças crônicas e/ou degenerativas, câncer, doenças cardiovasculares avançadas, doenças neurodegenerativas e osteomusculares, tiveram prejuízos a sua capacidade funcional, tornando-se dependentes de cuidados paliativos e, comumente, precisam de cuidados higiênicos, alimentares, curativos, alivio da dor, tratamento farmacológico entre outros, aos quais a APS é fundamental. Conclui-se, que os cuidados paliativos ainda são pouco compreendidos, onde a gestão deve estimular e apoiar, treinamentos e capacitações que possibilitem a execução de atividades no âmbito da APS, que permitam o suporte ao idoso e ao seu familiar, em questões como o envelhecimento, finitude, processo saúde-doença, proximidade da morte e da própria morte em si.