A violência é um mal silencioso da sociedade que atinge as diferentes escalas sociais e populacionais, que se apresenta na forma física, psicológica, patrimonial, sexual e moral, infringindo os direitos humanos acarretando o comprometimento da saúde, física e mental, e do bem estar dos indivíduos acometidos. A população idosa, principalmente os mais frágeis e dependentes, são vítimas potenciais da violência em seu cenário cotidiano e , com o advento da pandemia da COVID- 19 decretada em 2020 pela Organização das Nações Unidas (ONU), esse contingente populacional, por ser um grupo mais suscetível à contaminação pelo vírus e suas complicações, necessitou ampliar o seu isolamento social, o que potencializou a violência, abuso e negligência de cuidados, imputados principalmente por familiares, cuidadores e pessoas próximas. Objetivou-se investigar o comportamento da violência na população idosa no período da pandemia, de forma a contribuir, a partir da produção científica, para o enfrentamento e a visibilidade do problema. Trata-se de um estudo exploratório, de caráter documental, com abordagem qualitativa dos dados, desenvolvidos a partir de notícias e reportagens disponíveis no Google Notícias, coletadas nos dias 14 e 22/05/2022, com a aplicação dos filtros ano, local e língua portuguesa e analisadas à luz da Análise de Conteúdo proposta por Bardin, com categorização, a partir da pré análise dos títulos e análise do conteúdo e leituras flutuantes. Foram encontradas 100 reportagens. A vítima mais acometida de violência foi mulheres idosas, tendo como agressor principal familiares e cuidadores. Foram construídas quatro categorias: negligência, descriminação, principais tipos de violência e dificuldades da vítima em fazer a denúncia. A negligência está entre as principais causas de violência, decorrente do despreparo para lidar com esta população. A subnotificação ainda é um problema, pois limita a quantidade real de casos relatados, dificultando e restringindo ações de proteção necessárias à segurança do idoso.