Na sociedade contemporânea, os recursos didáticos e metodológicos utilizados na escola estão sendo convidados a trilhar novos caminhos. O computador, e com ele a internet, e a variedade de recursos digitais, não estão mais fora do alcance dos alunos e dos professores, impuseram sua presença na escola, através de programas federais; Existe um impasse, a tecnologia atualmente não está tão distante do dia-a-dia da escola, mas o seu uso, e o acesso associado à produção do conhecimento significativo representam as ausências na educação. Não se trata da ausência física, material, mas de conhecimento, de saber pedagógico. Com foco nessa problemática, objetivou-se evidenciar como os professores das escolas públicas (Escola Municipal Félix Araújo, Escola Estadual de Aplicação e Escola Normal Estadual Pe. Emídio Viana) do município de Campina Grande, percebem o uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação-TDICs, no contexto educacional e na construção do conhecimento. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo. A mesma foi realizada com professores dos três segmentos da educação básica (fundamental I, II e magistério) das escolas já citadas. A coleta de dados foi feita através de questionário e observações não participante, ocorreu durante os meses de maio e abril do corrente ano. Os principais resultados indicam que, os professores apesar de terem acesso as TDICs e reconhecerem sua importância no contexto educacional, ainda não conseguem integrá-las no fazer pedagógico de forma significativa, por várias razões: Os meios tecnológicos digitais são considerados pelos professores, apenas tecnologias; Os docentes se veem apenas como usuários/receptores diante das TDICs; No contexto educacional, a relação amistosa entre novas tecnologias e pedagogia encontra-se em processo de conhecimento e adaptação. Concebendo a escola como espaço de produção de conhecimentos, que deve está em conexão com as mudanças propostas pela contemporaneidade, é necessário entender e discutir como acontece o processo de ensino e aprendizagem nesse contexto. Demo (2009) enfatiza que não há mais como procurar subterfúgios para retardar essa discussão. As novas tecnologias, não podem ignorar a pedagogia, ou enfurecer-se com o seu atraso, porque a parceria parece inevitável, além de desejável. A pedagogia tecnologicamente correta teria a pretensão de estabelecer com as novas tecnologias a cooperação marcada pela reciprocidade respeitosa e produtiva. A tecnologia introduz mudanças, para as quais o professor precisa preparar-se, pela razão fundante de que é essencial que entre nesse processo como sujeito, não como objeto arrastado, tragado (DEMO, 2009). A consciência de que é preciso desconstruir saberes normatizados, impostos ao longo do tempo, que determinaram a postura do professor apenas como transmissor de conhecimentos, “o sabe tudo”, é fundamental para a construção de novos saberes, novas posturas, de olhares inquietos sobre o novo. As TDICs precisam de um olhar mais abrangente, envolvendo novas formas de ensinar e de aprender condizentes com o modelo da sociedade do conhecimento, o qual se caracteriza pelos princípios da diversidade, da integração e da complexidade.