DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE SE TRABALHAR COM A LEITURA E A ESCRITA A PARTIR DO ENSINO REMOTO
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A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA DO “PROJETO LETRAR: LETRAS E NÚMEROS”, OCORREU NO ANO DE 2015 EM PARCERIA COM A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, ENVOLVENDO NOVE ESCOLAS DO BAIRRO CODÓ NOVO E 468 ALUNOS DO 5º ANO. NAQUELE ANO FORAM DIAGNOSTICADOS 83 ESTUDANTES NÃO ALFABETIZADOS NAS ESCOLAS ESCOPO DO PROJETO. EM 2016 O PROJETO LETRAR DESENVOLVEU SUAS ATIVIDADES EM SEIS ESCOLAS DO REFERIDO BAIRRO, ATENDENDO 544 ALUNOS DO 4º ANO. NO PRIMEIRO DIAGNÓSTICO REALIZADO EM 2016 FORAM ENCONTRADOS 175 ESTUDANTES DO QUARTO ANO QUE AINDA NÃO SABIAM LER E ESCREVER. EM 2017 A PARCERIA COM A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO JÁ HAVIA TERMINADO E O PROJETO FUNCIONOU APENAS NA ESCOLA MUNICIPAL ROSALINA ZAIDAN COM UMA BOLSISTA CEDIDA PELO FOCO ACADÊMICO DA UFMA. NO ANO SEGUINTE O PROJETO FOI CONTEMPLADO PELO EDITAL DA CAPES, ATRAVÉS DO PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA, ATINGINDO TRÊS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CODÓ: ESCOLA SÃO LUÍS, ESCOLA ROSALINA ZAIDAN E ESCOLA ROSÂNGELA MOURA. COM O INÍCIO DA PANDEMIA NO NOVO CORONAVÍRUS, EM 2020, O PROJETO ENFRENTOU O DESAFIO DE ADAPTAR SUAS ATIVIDADES NO FORMATO REMOTO ATENDENDO A ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ ALVES TORRES E A UNIDADE ESCOLAR PICA PAU. O OBJETIVO DO PROJETO, NO ENTANTO, NÃO FOI ALTERADO, QUE É DESENVOLVER COMPETÊNCIAS DA LEITURA E DA ESCRITA NA PERSPECTIVA DE ALFABETIZAR LETRANDO ATRAVÉS DE JOGOS, BRINCADEIRAS E A LITERATURA INFANTIL. PARTINDO DESSA PERSPECTIVA, A PESQUISA SE FUNDAMENTOU NA CONCEPÇÃO DE MAGDA SOARES DE SE TRABALHAR A LEITURA E ESCRITA A PARTIR DOS SEUS USOS SOCIAIS, NOUTROS TERMOS ISSO SIGNIFICA ALFABETIZAR LETRANDO. A INVESTIGAÇÃO SE PAUTOU NA ABORDAGEM QUALITATIVA AO SE PREOCUPAR COM O NÍVEL DE REALIDADE QUE NÃO PODE SER QUANTIFICADO, OU SEJA, COM O UNIVERSO DE SIGNIFICADOS, DE MOTIVAÇÕES, ASPIRAÇÕES, CRENÇAS, VALORES E ATITUDES (MINAYO, 2014). A METODOLOGIA APLICADA FOI ORGANIZADA EM MOMENTOS DISTINTOS: A) ESTUDO BIBLIOGRÁFICO SOBRE OS TEMAS QUE ENVOLVEM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO; B) ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES REALIZADAS PELOS RESIDENTES; C) VERIFICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA SE ALFABETIZAR LETRANDO A PARTIR DO LÚDICO. ESSA EXPERIÊNCIA PESQUISA CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE DEZESSEIS BOLSISTAS E QUATRO VOLUNTÁRIOS QUE ATENDIAM INDIVIDUALMENTE, DUAS VEZES POR SEMANA, NO FORMATO REMOTO, CRIANÇAS NÃO ALFABETIZADAS DO QUARTO E QUINTO ANO DAS ESCOLAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA. IMPORTA MENCIONAR QUE ESSE TRABALHO PAUTOU-SE TAMBÉM NA LEITURA E NA ESCRITA COMO ELEMENTOS DE UMA PRÁTICA SOCIAL, CUJO CONTEXTO EM QUE ELAS SE REALIZAM DEVE SER ANALISADO E COMPREENDIDO NAS SUAS DIVERSAS VARIAÇÕES NOS DIFERENTES ESPAÇOS, EVENTOS E PRÁTICAS DE LETRAMENTO (CASTANHEIRA, 2004). NOUTROS TERMOS, TRABALHAMOS NO SENTIDO DE VALORIZAR OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS E UTILIZÁ-LOS COMO FERRAMENTA NO ESPAÇO ESCOLA AO CONSIDERAR QUE TODO DISCENTE SEMPRE POSSUIRÁ CONHECIMENTOS ANTERIORES À ESCOLA, COMO CONFIRMADO POR FREIRE AO AFIRMAR QUE A LEITURA DO MUNDO PRECEDE A LEITURA DA PALAVRA. AS ATIVIDADES LÚDICAS SE REALIZARAM A PARTIR DOS JOGOS, DAS BRINCADEIRAS DA LITERATURA INFANTIL. SEGUNDO KISHIMOTO (1997) A BRINCADEIRA/JOGO É INSTRUMENTO DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA APRENDIZAGEM, POIS A CRIANÇA APRENDE DE MANEIRA ESPONTÂNEA, ASSIM COMO COMPREENDE-SE QUE A LITERATURA INFANTIL É FUNDAMENTAL PARA A EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS, TENDO EM VISTA QUE ELA ESTIMULA A LEITURA ATRAVÉS DO ATRATIVO E DO BELO, PROMOVENDO MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO, AO MESMO TEMPO QUE MEXE COM AS FANTASIAS, EMOÇÕES E INTELECTO, INFLUENCIA EM TODOS OS ASPECTOS DA EDUCAÇÃO DO ALUNO (COELHO, 1986). 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A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER: EM TRÊS ARTIGOS QUE SE COMPLETAM. 12. ED. SÃO PAULO: CORTEZ: AUTORES ASSOCIADOS, 1986. \r\n \r\n KISHIMOTO, T. M. JOGO, BRINQUEDO, BRINCADEIRA E A EDUCAÇÃO. SÃO PAULO: CORTEZ, 1997.\r\n \r\n MINAYO, MARIA CECÍLIA DE SOUZA. O DESAFIO DO CONHECIMENTO: PESQUISA QUALITATIVA EM SAÚDE. 14. ED. SÃO PAULO: HUCITEC, 2014.\r\n \r\n SOARES, MAGDA BECKER. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: AS MUITAS FACETAS IN: REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO. JAN /FEV /MAR /ABR, NO 25, 2004. 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