Este artigo tem como objetivo apontar os estudos que vem se desenvolvendo a cerca da diversidade sociocultural brasileira no ensino de História a partir da implantação das leis educacionais: 10.639/03 e 11.645/08, que segundo Santos (2013), a primeira lei supracitada surge para tornar obrigatório o ensino de história africana e afro-brasileira, enquanto que a segunda, para incluir o ensino de história indígena também como parte das obrigações das escolas da Educação Básica. Utilizando como metodologia de pesquisa a análise dos referencias teóricos que tratam da inclusão da referida temática no ensino de História. De modo a pautarmos nossos estudos sobre a corrente teórica pós-estruturalista, visando compreender as múltiplas relações de poderes desenvolvidas e advindas do contato entre a raça branca, africana, afro-descente e indígena constituintes da diversidade sociocultural brasileira, desconstruindo assim o velho estigma de que o branco era o único a exercer o poder e de submeter às raças ditas inferiores, descritas, por sua vez, como coitadinhas, vítimas da dominação. Evidenciando também as dificuldades de se ensinar história a partir destes novos diálogos que regem as leis supracitadas anteriormente, tendo em vista a falta de preparo da população docente responsável pela educação brasileira, que foram formados em sua grande maioria em uma cultura eurocêntrica que construída desde o Brasil Império. Deste modo, os estudos da cultura afro-brasileira, africana e indígena se constituem também como uma forma de resgatar á identidade de grupos sociais que durante muito tempo foram silenciados pela história, lhes garantindo uma ancestralidade antes negada, discriminada.