O PRESENTE TEXTO BUSCA TECER UMA SÍNTESE ACERCA DA VISÃO EPISTEMOLÓGICA DE ISABELLE STENGERS EM SUA OBRA “A INVENÇÃO DAS CIÊNCIAS MODERNAS (1995)”. ALÉM DISSO, UTILIZANDO O TEMA “A ORIGEM DOS SERES VIVOS” COMO PONTO DE ANÁLISE, BUSCA-SE RELACIONAR AS IDEIAS DA FILÓSOFA COM O ENSINO DE BIOLOGIA CONTEXTUALIZADO SOB A ÓTICA DA RUPTURA PARADIGMÁTICA E DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA. A PESQUISA SEGUE UMA ABORDAGEM QUALITATIVA, CUJOS RESULTADOS SERÃO OBTIDOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DA OBRA DE ISABELLE STENGERS, ALÉM DE ARTIGOS CIENTÍFICOS. EM SUA OBRA STENGERS INTERPRETA A NATUREZA DAS CIÊNCIAS DE FORMA DISTINTA DO QUE FAZEM OS CIENTISTAS - QUE DEFENDEM A SUPERIORIDADE DA CIÊNCIA JUSTIFICADA PELA OBJETIVIDADE E RACIONALIDADE – E TAMBÉM OS SOCIÓLOGOS QUE DENUNCIAM A CIÊNCIA AFIRMANDO QUE ELA ESTÁ INTIMAMENTE LIGADA A QUESTÕES SOCIAIS COMO PODER E POLÍTICA. ATRAVÉS DA CRÍTICA AO “PRINCÍPIO DA SIMETRIA” A EPISTEMOLOGIA DE STENGERS PODE SERVIR COMO BASE PARA A ANÁLISE CRÍTICA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA, ESPECIALMENTE TRATANDO DA MATÉRIA DAS TEORIAS DA ORIGEM DA VIDA, GERALMENTE APRESENTADAS NO ENSINO DE BIOLOGIA COMO RESULTADO UMA CIÊNCIA QUE EVOLUI DE FORMA LINEAR E A-HISTÓRICA. COM ISSO, SE FORTALECE NO AMBIENTE ESCOLAR AQUILO QUE É CRITICADO POR STENGERS NO AMBIENTE DA PESQUISA CIENTÍFICA: A IDEIA TRADICIONAL DE QUE A CIÊNCIA PRODUZ A IRREVERSIBILIDADE DA DISTINÇÃO ENTRE O PASSADO OBSOLETO E O FUTURO INÉDITO, E TAMBÉM DE UM IDEAL DE VERDADEIRA CIÊNCIA, QUE PROGRIDE DE FORMA CUMULATIVA E SOB A POSSIBILIDADE DE CONSENSO.