O DIREITO À EDUCAÇÃO É PARA TODOS, INCLUSIVE PARA PESSOAS QUE ESTEJAM SOB PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM INSTITUIÇÕES PRISIONAIS. ANALISAR AS CONDIÇÕES E REFLEXOS DESSA EDUCAÇÃO OFERTADA NO CÁRCERE É DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA QUE ESSE DIREITO SEJA GARANTIDO E OFERTADO DE FORMA EFICIENTE AO INDIVÍDUO PRESO. O EXERCÍCIO DA LEITURA É USUAL NAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS DE MODO GERAL, INCLUSIVE NO AMBIENTE ESCOLAR CARCERÁRIO. LER, NUMA PERSPECTIVA MAIS COMPLEXA QUE A SIMPLES DECODIFICAÇÃO DO CÓDIGO LINGUÍSTICO, É INSTRUMENTO IMPORTANTE TAMBÉM PARA O PROCESSO EDUCACIONAL DO SUJEITO PRIVADO DE LIBERDADE. DESSA FORMA, O OBJETIVO DO ESTUDO É ANALISAR AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS ENTRE A LEITURA LITERÁRIA E AS MULHERES PRESAS QUE CUMPREM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE NA APAC FEMININA DE GOVERNADOR VALADARES. PARA ISSO, A ABORDAGEM METODOLÓGICA OCORRE PELO CRUZAMENTO DE DADOS GERADOS PELA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO E DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS DESENVOLVIDAS POR MEIO DE TEXTOS LITERÁRIOS. ALGUMAS DAS MULHERES PRESAS, PARTICIPANTES DA PESQUISA, SÃO ALUNAS FREQUENTES DA EJA, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, COM AULAS OFERECIDAS NA PRÓPRIA INSTITUIÇÃO. TRATA-SE DE UM ESTUDO EXPLORATÓRIO E DESCRITIVO, DESENVOLVIDO ATRAVÉS DE PESQUISA DE CAMPO. A PESQUISA REVELOU QUE A MULHER PRESA QUE CUMPRE PENA NA APAC/GV, DENOMINADA RECUPERANDA, LÊ POR OUTROS MOTIVOS ALÉM DA REMIÇÃO DE PENA PELA LEITURA. ELA TAMBÉM LÊ COMO FORMA DE SE “AFASTAR” DA PRISÃO ATRAVÉS DA EVASÃO; PARA OCUPAR O TEMPO OCIOSO; POR APREÇO PELA FICÇÃO. AS RELAÇÕES ESTABELECIDAS ENTRE A MULHER PRESA NA APAC E A LEITURA LITERÁRIA É ÍNTIMA, COTIDIANA E INTERATIVA.