HISTORICAMENTE O POVO SURDO PASSOU POR DIVERSOS MOMENTOS DE REJEIÇÃO SOCIAL E EDUCACIONAL, SENDO SUBMETIDOS A DIVERSAS METODOLOGIAS QUE SÓ DIRECIONAVA O SURDO A IGUALDADE LINGUÍSTICA, SEM VALORIZAR A INDIVIDUALIDADE LINGUÍSTICA DESSE POVO. TAIS ACONTECIMENTOS DIFICULTARAM A AQUISIÇÃO DE ALGUNS DIREITOS DOS SURDOS, DESDE O ACESSO A SUA LÍNGUA ATÉ O RECONHECIMENTO DE SUA CULTURA. PORÉM, VALE DESTACAR QUE MEDIANTE TANTAS LUTAS E DERROTAS, O SURDO MANTEVE-SE FORTE E DETERMINADO A MUDAR SEU CONTEXTO SOCIAL. ASSIM, AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, ADQUIRIRAM DE FORMA LEGAL O DIREITO A SEREM INCLUÍDOS NO AMBIENTE ESCOLAR, PREFERIVELMENTE NAS SALAS REGULARES. TAL FATO FEZ COM QUE OS SURDOS, ASSIM, COMO AS DEMAIS PESSOAS PASSASSEM A COMPOR O QUADRO REGULAR DA ESCOLA, ESTANDO INSERIDO EM SALA DE AULA JUNTO AOS OUVINTES. PORÉM, NO QUE CONCERNE À COMUNIDADE SURDA, TAL DIREITO ULTRAPASSA QUESTÕES ESPACIAIS, UMA VEZ QUE A COMUNIDADE SURDA POSSUI UMA LÍNGUA PRÓPRIA, A QUAL RECEBEU SEU RESPALDO PARA UTILIZAÇÃO SOCIAL E EDUCACIONAL ATRAVÉS DA LEI 10.436/02. POR MAIS QUE TENHA VIVIDO MAIS DE UM SÉCULO A OBRIGATORIEDADE DA ORALIZAÇÃO, OS SURDOS CONSEGUIRAM TRANSPOR ESSA BARREIRA COMUNICATIVA EM PROL DE UM NOVO CENÁRIO. DESTA FORMA, MEDIANTE O CONTATO COM A LÍNGUA DE SINAIS, SURGE A PROPOSTA DE EDUCAÇÃO BILÍNGUE, OBJETIVANDO UMA EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA PARA O SURDO, ATRAVÉS DE SUA LÍNGUA ENQUANTO L1 E DO PORTUGUÊS COMO L2, TORNANDO ESSE MOMENTO HISTÓRICO UM MARCO PARA O POVO SURDO. ASSIM, BUSCAMOS APOIO DE ALGUNS TEÓRICOS (GOLDFELD, 2002), E (HONORA, 2014).