Artigo Anais I CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

“MENINO NÃO REBOLA!”: DISCURSOS SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Palavra-chaves: GÊNERO, SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO INFANTIL Comunicação Oral (CO) GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO
"2014-09-18 00:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 8052
    "edicao_id" => 23
    "trabalho_id" => 1430
    "inscrito_id" => 32318
    "titulo" => "“MENINO NÃO REBOLA!”: DISCURSOS SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL"
    "resumo" => "A constituição de identidades é um tema caro para a educação infantil, sendo as relações de gênero desenvolvidas no ambiente escolar fundantes na constituição de subjetividades das crianças, incidindo diretamente na construção de noções e sentidos sobre seus comportamentos, práticas, jeitos de vivenciarem suas identidades de gênero e sexual. As marcas de gênero, através de relações de poder dispersas em diferentes instâncias culturais, como escola, mídia, publicidade, religião, família, engendram modos de ser menina/menino, reproduzindo uma lógica heteronormativa. Na esteira disso, a justificativa de que a formação docente não “prepara” para o tratamento das múltiplas manifestações acerca relações de gênero e sexualidade na educação infantil não deve mais se sustentar, pois existe uma formação ocorrendo, inevitavelmente constituída de heterosexismo, estereótipos de gênero e silenciamento da diversidade sexual. Diante dessa problemática e partindo do contexto de uma escola pública da cidade de Natal/RN/Brasil, especificamente um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), desenvolvemos atividades como professora auxiliar de sala enquanto estagiária do curso de Pedagogia da UFRN durante o ano letivo de 2013. Nesse período, estando em contato com os estudos de gênero e sexualidade através dos estudos feministas, movimentos sociais, grupo de estudos, notícias e teorias, passamos a observar com outros olhos as práticas das educadoras infantis, a interação delas com as crianças e as relações entre as crianças durante esse estágio. Tendo inspirações nos estudos de gênero, iniciamos por perceber os discursos das crianças e educadoras, com o objetivo de problematizar as noções sobre relações de gênero e sexualidades que foram compartilhadas em uma escola de educação infantil, através da análise dos enunciados, registrados em um diário de campo. As lentes teórico-metodológicas deste trabalho consistem na análise de discurso de Michel Foucault. Em síntese, constatou-se, através da análise de trinta enunciados oriundos dos três situações da rotina da educação infantil observadas (hora do banho, brincadeira do faz de conta e momento livre no pátio), que apesar da intervenção normativa, reforçadora de estereótipos heterosexistas e da lógica binária de gênero menino/menina, as crianças revelam e demonstram interesse e curiosidade por marcas de gênero diversas e brincam com os papéis arquitetados pelos brinquedos, brincadeiras e situações mediadas pelas educadoras.Dessa maneira, é necessário que educadores problematizem situações relacionadas as práticas pedagógicas referentes à formação de papéis de gênero, que muitas vezes fabricam opressões entre as crianças, como sexismo, machismo e homofobia."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO"
    "palavra_chave" => "GÊNERO, SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO INFANTIL"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "Modalidade_1datahora_13_08_2014_11_52_14_idinscrito_32318_4900bfdcc3299c573ca131b26d8f5bcc.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:54"
    "updated_at" => "2020-06-10 11:12:28"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "GIRLANE MARTINS MACHADO"
    "autor_nome_curto" => "GI"
    "autor_email" => "gigidite@hotmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-i-conedu"
    "edicao_nome" => "Anais I CONEDU"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_ano" => 2014
    "edicao_pasta" => "anais/conedu/2014"
    "edicao_logo" => "5e4a0671b0a63_17022020002017.png"
    "edicao_capa" => "5f1848d9ed142_22072020111033.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2014-09-18 00:00:00"
    "publicacao_id" => 19
    "publicacao_nome" => "Anais CONEDU"
    "publicacao_codigo" => "2358-8829"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 8052
    "edicao_id" => 23
    "trabalho_id" => 1430
    "inscrito_id" => 32318
    "titulo" => "“MENINO NÃO REBOLA!”: DISCURSOS SOBRE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL"
    "resumo" => "A constituição de identidades é um tema caro para a educação infantil, sendo as relações de gênero desenvolvidas no ambiente escolar fundantes na constituição de subjetividades das crianças, incidindo diretamente na construção de noções e sentidos sobre seus comportamentos, práticas, jeitos de vivenciarem suas identidades de gênero e sexual. As marcas de gênero, através de relações de poder dispersas em diferentes instâncias culturais, como escola, mídia, publicidade, religião, família, engendram modos de ser menina/menino, reproduzindo uma lógica heteronormativa. Na esteira disso, a justificativa de que a formação docente não “prepara” para o tratamento das múltiplas manifestações acerca relações de gênero e sexualidade na educação infantil não deve mais se sustentar, pois existe uma formação ocorrendo, inevitavelmente constituída de heterosexismo, estereótipos de gênero e silenciamento da diversidade sexual. Diante dessa problemática e partindo do contexto de uma escola pública da cidade de Natal/RN/Brasil, especificamente um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), desenvolvemos atividades como professora auxiliar de sala enquanto estagiária do curso de Pedagogia da UFRN durante o ano letivo de 2013. Nesse período, estando em contato com os estudos de gênero e sexualidade através dos estudos feministas, movimentos sociais, grupo de estudos, notícias e teorias, passamos a observar com outros olhos as práticas das educadoras infantis, a interação delas com as crianças e as relações entre as crianças durante esse estágio. Tendo inspirações nos estudos de gênero, iniciamos por perceber os discursos das crianças e educadoras, com o objetivo de problematizar as noções sobre relações de gênero e sexualidades que foram compartilhadas em uma escola de educação infantil, através da análise dos enunciados, registrados em um diário de campo. As lentes teórico-metodológicas deste trabalho consistem na análise de discurso de Michel Foucault. Em síntese, constatou-se, através da análise de trinta enunciados oriundos dos três situações da rotina da educação infantil observadas (hora do banho, brincadeira do faz de conta e momento livre no pátio), que apesar da intervenção normativa, reforçadora de estereótipos heterosexistas e da lógica binária de gênero menino/menina, as crianças revelam e demonstram interesse e curiosidade por marcas de gênero diversas e brincam com os papéis arquitetados pelos brinquedos, brincadeiras e situações mediadas pelas educadoras.Dessa maneira, é necessário que educadores problematizem situações relacionadas as práticas pedagógicas referentes à formação de papéis de gênero, que muitas vezes fabricam opressões entre as crianças, como sexismo, machismo e homofobia."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO"
    "palavra_chave" => "GÊNERO, SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO INFANTIL"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "Modalidade_1datahora_13_08_2014_11_52_14_idinscrito_32318_4900bfdcc3299c573ca131b26d8f5bcc.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:52:54"
    "updated_at" => "2020-06-10 11:12:28"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "GIRLANE MARTINS MACHADO"
    "autor_nome_curto" => "GI"
    "autor_email" => "gigidite@hotmail.com"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-i-conedu"
    "edicao_nome" => "Anais I CONEDU"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional de Educação"
    "edicao_ano" => 2014
    "edicao_pasta" => "anais/conedu/2014"
    "edicao_logo" => "5e4a0671b0a63_17022020002017.png"
    "edicao_capa" => "5f1848d9ed142_22072020111033.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2014-09-18 00:00:00"
    "publicacao_id" => 19
    "publicacao_nome" => "Anais CONEDU"
    "publicacao_codigo" => "2358-8829"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 18 de setembro de 2014

Resumo

A constituição de identidades é um tema caro para a educação infantil, sendo as relações de gênero desenvolvidas no ambiente escolar fundantes na constituição de subjetividades das crianças, incidindo diretamente na construção de noções e sentidos sobre seus comportamentos, práticas, jeitos de vivenciarem suas identidades de gênero e sexual. As marcas de gênero, através de relações de poder dispersas em diferentes instâncias culturais, como escola, mídia, publicidade, religião, família, engendram modos de ser menina/menino, reproduzindo uma lógica heteronormativa. Na esteira disso, a justificativa de que a formação docente não “prepara” para o tratamento das múltiplas manifestações acerca relações de gênero e sexualidade na educação infantil não deve mais se sustentar, pois existe uma formação ocorrendo, inevitavelmente constituída de heterosexismo, estereótipos de gênero e silenciamento da diversidade sexual. Diante dessa problemática e partindo do contexto de uma escola pública da cidade de Natal/RN/Brasil, especificamente um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), desenvolvemos atividades como professora auxiliar de sala enquanto estagiária do curso de Pedagogia da UFRN durante o ano letivo de 2013. Nesse período, estando em contato com os estudos de gênero e sexualidade através dos estudos feministas, movimentos sociais, grupo de estudos, notícias e teorias, passamos a observar com outros olhos as práticas das educadoras infantis, a interação delas com as crianças e as relações entre as crianças durante esse estágio. Tendo inspirações nos estudos de gênero, iniciamos por perceber os discursos das crianças e educadoras, com o objetivo de problematizar as noções sobre relações de gênero e sexualidades que foram compartilhadas em uma escola de educação infantil, através da análise dos enunciados, registrados em um diário de campo. As lentes teórico-metodológicas deste trabalho consistem na análise de discurso de Michel Foucault. Em síntese, constatou-se, através da análise de trinta enunciados oriundos dos três situações da rotina da educação infantil observadas (hora do banho, brincadeira do faz de conta e momento livre no pátio), que apesar da intervenção normativa, reforçadora de estereótipos heterosexistas e da lógica binária de gênero menino/menina, as crianças revelam e demonstram interesse e curiosidade por marcas de gênero diversas e brincam com os papéis arquitetados pelos brinquedos, brincadeiras e situações mediadas pelas educadoras.Dessa maneira, é necessário que educadores problematizem situações relacionadas as práticas pedagógicas referentes à formação de papéis de gênero, que muitas vezes fabricam opressões entre as crianças, como sexismo, machismo e homofobia.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.