A INTERSECCIONALIDADE (CRENSHAW, 1990), REFERE O PROCESSO PELO QUAL UMA GAMA DE DISCRIMINAÇÕES SUBALTERNIZA CORPES CONSIDERADOS FORA DA NORMA, CLASSIFICADOS, SEGUNDO BUTLER (2019), COMO ABJETOS. A SOCIEDADE MARCADA PELA CISHETERONORMA, RACISMO ESTRUTURAL, PATRIARCADO, CAPACITISMO, OPRESSÕES DE CLASSE ENTRE OUTRAS, CRIA MARCADORES DE SUBALTERNIZAÇÃO E EXCLUSÃO. CORPES ENTENDIDOS COMO MÁQUINAS DESEJANTES, TÊM SUA POTENTIA GAUDENDI OU “FORÇA ORGÁSMICA” (PRECIADO, 2018) CAPTURADOS EM FORÇA DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO CAPITALÍSTICA. A MÁQUINA DE ROSTIDADE CRIA PADRÕES, PARA CORPES OU PAISAGENS, DE MODO A INCLUIR/EXCLUIR, ANALISAR, CLASSIFICAR E INTERDITAR AQUELUS TIDOS COMO INCONFORMES; SEPARA ASSIM CORPES ABJETOS, DAQUELES ADEQUADOS À NORMA, QUE TÊM COMO PADRÃO O ROSTO DE CRISTO. CORPES SUBALTERNIZADOS ALMEJANDO INSERÇÃO, BUSCAM FORMAS DE ADEQUABILIDADE À NORMA ATRAVÉS DO CONSUMO DE “KITS DE SUBJETIVIDADES” OU IDENTIDADES PRÊT-À–PORTER, APRESENTADOS POR ROLNIK (2019), OU AINDA, VOLTANDO-SE PARA O ARMÁRIO COMO FORMA PROTETIVA E POSSIBILIDADE DE EXISTÊNCIA (OLIVEIRA, 2017). CONTAREMOS COM A PRESENÇA CONCEITUAL DE DELEUZE E GUATTARI (1997, 2010) E SUA FILOSOFIA DA DIFERENÇA COMO FERRAMENTAS PARA CARTOGRAFAR OS CAMINHOS E DESCAMINHOS DE UNE ADOLESCENTE NÃO HETERONORMATIVE, SURDE, RACIALIZADE, EM MOMENTOS DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. ESSE TRABALHO FAZ PARTE DE PESQUISA REALIZADA PARA CURSO DE MESTRADO E NÃO BUSCA APRESENTAR VERDADES UNIVERSAIS, ANTES, AS POSSIBILIDADES DE RESISTÊNCIA E DE LINHAS DE FUGA ENCONTRADA POR UNE ADOLESCENTE. TAIS ACONTECIMENTO PODERÃO NOS SOLICITAR E LEVAR A PENSAR SOBRE AS FORMAS DE SER E EXISTIR E QUESTIONAR A NORMA, DESCONSTRUINDO O INSTITUÍDO E POSSIBILITANDO A EMERGÊNCIA DE MÁQUINAS DE GUERRA DENTRO DAS HETEROCISNORMAS RACIALIZADAS.