ESTE TRABALHO TEVE POR OBJETIVO GERAL ANALISAR NARRATIVAS E PRODUÇÕES DISCURSIVAS DE MULHERES LÉSBICAS SOBRE O ACESSO A SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO E ASSISTÊNCIA A PESSOAS QUE DENUNCIAM VIOLÊNCIA OU DISCRIMINAÇÃO EM FUNÇÃO DE SUA ORIENTAÇÃO SEXUAL, NA CIDADE DE RECIFE. NOSSA BASE TEÓRICO-EPISTEMOLÓGICA SÃO OS ESTUDOS FEMINISTAS SOBRE GÊNERO E COMO FUNDAMENTO METODOLÓGICO A PERSPECTIVA CONSTRUCIONISTA EM PSICOLOGIA SOCIAL. A LITERATURA COM A QUAL DIALOGAMOS ARGUMENTA QUE AS MULHERES LÉSBICAS TEM ACESSO LIMITADO A SERVIÇOS PÚBLICOS, POR AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS QUE CONSIDEREM AS ESPECIFICIDADES DE SUA SAÚDE INTEGRAL, E DA POUCA CAPACITAÇÃO E REPRODUÇÃO DE PRECONCEITOS POR PARTE DE PROFISSIONAIS DOS DIVERSOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO, NAS ÁREAS DE SAÚDE, ASSISTÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA. COMPREENDEMOS O ACESSO A PARTIR DAS DISCUSSÕES DO CAMPO DA SAÚDE COLETIVA, COMO COMPLEXO E CONSTRUÍDO POR QUATRO DIMENSÕES: DISPONIBILIDADE, ACEITABILIDADE, CAPACIDADE DE PAGAMENTO E INFORMAÇÃO. EM NOSSA PESQUISA, DE NATUREZA EXPLORATÓRIA E MÉTODO QUALITATIVO, DESENVOLVEMOS A ANÁLISE EM PROFUNDIDADE DE DUAS ENTREVISTAS NARRATIVAS COM MULHERES LÉSBICAS QUE DENUNCIARAM LGBTFOBIA, À LUZ DE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA E DA LEITURA CRÍTICA SOBRE AS DIMENSÕES DO ACESSO COMO EIXOS ANALÍTICOS. OS RESULTADOS SUGEREM UMA MAIOR ATENÇÃO ÀS QUEIXAS E DEMANDAS DESSAS USUÁRIAS DOS SERVIÇOS, QUE DENUNCIAM POUCO PREPARO DE PROFISSIONAIS, EM ESPECIAL AQUELES/AS ATUANTES EM SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICA. ENFATIZAM TAMBÉM POUCA DIVULGAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO PARA MULHERES LÉSBICAS, FATO QUE TALVEZ CONTRIBUA NA AMPLIAÇÃO DA DIFICULDADE DE ACESSO A ESSES SERVIÇOS.