O ARTIGO EM APREÇO TEM POR OBJETIVO DESCREVER O NASCIMENTO, O DESENVOLVIMENTO E MATURAÇÃO DO CENTRO DE REFERÊNCIA À GESTANTE PRIVADA DE LIBERDADE (MG). O IDEÁRIO, SUA FUNDAÇÃO, OS ATORES ENVOLVIDOS ESTÃO EM DESTAQUE, DADO QUE SE TORNOU UM DOS MAIS IMPORTANTES EMPREENDIMENTOS NO CAMPO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO NOS ANOS 2000. CUIDAR DA GESTANTE É CUIDAR DA MULHER ESQUECIDA, MAS TAMBÉM DA MULHER MÃE SEMPRE LEMBRADA PELO SÍMBOLO E PELO PAPEL QUE REPRESENTA. A PRIVAÇÃO DE LIBERDADE APARECE COMO OBSTÁCULO A DIREITOS INVIOLÁVEIS COMO DO NASCIMENTO E DA POSSIBILIDADE DE A MULHER SER MÃE. A MULHER NO CÁRCERE RECEBE AQUI O RECORTE DE GÊNERO, POSTO QUE O SEU LUGAR NO SISTEMA É SECUNDÁRIO E INVISÍVEL AOS OLHOS DO MODELO EXISTENTE ASSENTADO NO PATRIARCALISMO E NO PODER MASCULINO. ESSE PARADOXO É DEBATIDO ANTE O PRIVILÉGIO DA MULHER QUE, ENCARCERADA, ALÉM DE PERDER DIREITOS É OBRIGADA A ASSISTIR À PRIVAÇÃO DE LIBERDADE DO INFANTE RECÉM-NASCIDO, EM DESENVOLVIMENTO, OU POR NASCER. FINALMENTE, O ARTIGO DEBATE A CRISE DO SISTEMA, O AUMENTO DO APRISIONAMENTO DAS MULHERES E AS CONDIÇÕES VEXATÓRIAS PELAS QUAIS ELAS PASSAM, LEMBRANDO QUE NO SISTEMA AINDA SÃO POUCAS AS UNIDADES FEMININAS E, NÃO RARO, POUCAS SÃO OS(AS) PROFISSIONAIS QUALIFICADOS(AS) PARA O ATENDIMENTO DESSE PÚBLICO.