O SEMIÁRIDO BRASILEIRO POR MUITO TEMPO FOI VISTO PELO PRISMA DO COMBATE À SECA, O QUE CULMINOU EM POLÍTICAS INEFICIENTES PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ADVINDOS DA POUCA OFERTA DE ÁGUA. POR MUITO TEMPO O DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS E O GERENCIAMENTO DESSAS FICOU A CARGO DOS CHEFES DA FAMÍLIA, ONDE AS MULHERES FICAVAM DE FORA DO PROCESSO. O PRESENTE TRABALHO BUSCOU REALIZAR UMA REFLEXÃO SOBRE AS TECNOLOGIAS SOCIAIS DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO, A AGROECOLOGIA E A QUESTÃO DE GÊNERO. A TECNOLOGIA AQUI DISCUTIDA, DESENVOLVIDA A PARTIR DA PARCERIA DE DIFERENTES SETORES (UNIVERSIDADES E MOVIMENTOS SOCIAIS), É A DE REUSO DE ÁGUA, QUE BUSCA AUMENTAR A OFERTA DE ÁGUA PARA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DOS MORADORES DO ASSENTAMENTO HIPÓLITO, NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ (RN). O REUSO DE ÁGUA APRESENTA BENEFÍCIOS SOCIAIS, AMBIENTAIS E ECONÔMICOS, QUE SE PRETENDE CONCRETIZÁ-LOS A PARTIR DA IMPLEMENTAÇÃO DESSA PRÁTICA NO REFERIDO ASSENTAMENTO. O REUSO AQUI RETRATADO NÃO SE REDUZ AO AUMENTO DA OFERTA DE ÁGUA, MAS E REFERE A UMA PROPOSTA DE RESILIÊNCIA ÀS ATIVIDADES DOS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES E, PRINCIPALMENTE, AO ENVOLVIMENTO DAS MULHERES NO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DESSA TECNOLOGIA, CONTRIBUINDO PARA A EMANCIPAÇÃO SOCIAL DESSAS.