AS PLANTAS MEDICINAIS SÃO UTILIZADAS PELA HUMANIDADE DESDE A ANTIGUIDADE PARA CURAR DOENÇAS, PRINCIPALMENTE EM COMUNIDADES RURALIZADAS E AFASTADAS DOS GRANDES CENTROS. A PRESERVAÇÃO DESSE PATRIMÔNIO CULTURAL DEPENDE PARTICULARMENTE, DO CONHECIMENTO E DA TRANSMISSÃO DO SEU VALOR ÀS GERAÇÕES QUE SE SEGUEM. ESSE ESTUDO BUSCOU FAZER UM LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE O CONHECIMENTO E USO DAS PLANTAS MEDICINAIS EM COMUNIDADE RURAL NO MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA, PARAÍBA. A COLETA DE DADOS OCORREU POR MEIO DE UM QUESTIONÁRIO, CONSTITUÍDO POR CINCO QUESTÕES DISCURSIVAS SOBRE O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA CAATINGA, APLICADAS PARA 40 MORADORES DA COMUNIDADE SÃO GONÇALO, COM IDADE SUPERIOR A 18 ANOS E QUE RESIDIAM NO LOCAL A MAIS DE 15 ANOS. O LEVANTAMENTO BOTÂNICO REGISTROU 24 ESPÉCIES VEGETAIS, PERTENCENTES A 18 FAMÍLIAS, NA QUAL AS MAIS CITADAS FORAM: CHAMOMILLA RECUTITA L. (CAMOMILA), CYMBOPOGON CITRATUS DC. (CAPIM SANTO) E ANETHUM GRAVEOLENS L. (ENDRO). O PREPARO MAIS COMUM PARA O USO DE PLANTAS FORAM O CHÁ (52,5%, N = 21) E O LAMBEDOR (35,0%, N = 14), NA QUAL UTILIZAM AS FOLHAS (57,5%, N = 23) COMO PARTE MAIS FREQUENTE DA PLANTA. A MAIORIA DOS MORADORES USAM AS PLANTAS PRINCIPALMENTE PARA COMBATER GRIPE E PROCESSOS INFLAMATÓRIOS. A COMUNIDADE É DETENTORA DE UM AMPLO CONHECIMENTO SOBRE A FLORA MEDICINAL DA REGIÃO, AO CONSIDERAR QUE OS MORADORES EM SUA TOTALIDADE, UTILIZAM AS PLANTAS MEDICINAIS NO COTIDIANO E SÃO FUNDAMENTAIS PARA A QUALIDADE DE VIDA.