Artigo Anais VI CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

PRA ELAS: CORPO, GÊNERO, SEXUALIDADE E SOCIEDADE PARA ADOLESCENTES.

Palavra-chaves: SEXUALIDADE FEMININA, FANZINE, ADOLESCÊNCIA, ESCOLA Pôster (PO) GT 18 – Educação Emocional
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      INTRODUÇÃO\r\n
      \r\n
       OS SERES HUMANOS AO LONGO DO SEU DESENVOLVIMENTO PASSAM POR DIVERSAS TRANSFORMAÇÕES, SENDO ELAS, ACIONADAS POR FATORES BIOLÓGICOS, PSÍQUICOS, SOCIAIS E CULTURAIS.  É UM PERÍODO DE DESCOBERTAS, UMA ETAPA CARACTERIZADA PELA NECESSIDADE  CRESCENTE DE INTEGRAÇÃO SOCIAL, BUSCA DE AUTOAFIRMAÇÃO, INDEPENDÊNCIA INDIVIDUAL E MAIOR DEMANDA SOCIAL POR  DEFINIÇÃO DA IDENTIDADE SEXUAL. (ABERASTURY, A. & KONOBEL, M. 1981)\r\n
      A ADOLESCÊNCIA EM MUITAS CULTURAS É TIDA COMO UM RITO DE PASSAGEM, ALÉM  DOS FATORES BIOLÓGICOS ASSOCIADOS HÁ A INSERÇÃO DE NOVAS CONFIGURAÇÕES COMPORTAMENTOS ESPERADOS, QUE POR VEZES PODEM SER ENCARADOS COMO CONTRADITÓRIOS. ESSAS DUALIDADES GERADAS POR ESTAREM EM TRANSIÇÃO ENTRE O MUNDO INFANTIL E O ADULTO DESENCADEIAM UMA SERIE DE CONFLITOS ESPERADOS DESSA FASE. (ABERASTURY, A. & KONOBEL, M. 1981)\r\n
      EM UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO O ADOLESCENTE VÊ-SE EM MEIO ÀS NOVAS RELAÇÕES INTRÍNSECAS E EXTRÍNSECAS, TAIS COMO, CONDIÇÃO DE UMA NOVA IMAGEM CORPORAL, A FAMÍLIA, O MEIO EM QUE VIVE E COM OUTROS JOVENS. DENTRO DESSA PERSPECTIVA, MOSTRA-SE PERTINENTE A NECESSIDADE DE TRABALHAR DENTRO DA ESCOLA, TENDO EM VISTA QUE É UM DOS AMBIENTES PRIMÁRIOS DE SOCIALIZAÇÃO.  ( JEAMMET, P & CORCOS, M. 2005)\r\n
      A INICIATIVA DESSE PROJETO DEU-SE A PARTIR DAS REFLEXÕES E QUESTIONAMENTO DA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA ESCOLAR E DA EDUCAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA, DO CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS, NESSE PERÍODO HOUVE PROVOCAÇÃO DE PENSAR EM INTERVENÇÕES POSSÍVEIS NO ÂMBITO ESCOLAR. DESTA FORMA, ALIANDO A ARTE DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR FOI POSSÍVEL VISUALIZAR INÚMERAS POSSIBILIDADES DE CONSTRUIR NOVAS SIGNIFICAÇÕES DENTRO DE UM ESPAÇO QUE É PERPASSADO POR DIVERSAS VIOLÊNCIAS. DIALOGANDO COM A IDEIA DE QUE A ARTE CONSTITUI-SE COMO UMA DAS VÁRIAS FORMAS DE EXPRESSÃO HUMANA, O FANZINE FOI ESCOLHIDO PELO SEU CARÁTER DE LIVRE, PARA TRABALHAR UM TEMA QUE AINDA É UM TABU SOCIAL. ENTENDENDO TAMBÉM QUE SOCIALMENTE A SEXUALIDADE FEMININA, POR QUESTÕES CULTURAIS, É ALVO DE RESTRIÇÕES EM SUAS FORMAS DE EXPRESSÃO,  OPTAMOS ASSIM POR TRABALHAR DE MANEIRA DINÂMICA LIDANDO COM A SEXUALIDADE COM NATURALIDADE, MAS ENTENDENDO A SUA RELEVÂNCIA. \r\n
      ESTE TRABALHO TEM COMO INTUITO RELATAR AS VIVÊNCIAS DA INTERVENÇÃO REALIZADA COM MENINAS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO  EM UMA ESCOLA PUBLICA ESTADUAL DA CIDADE DE FORTALEZA-CE TENDO COMO OBJETIVOS CONSTRUIR E ELABORAR OS SENTIDOS QUE PERMEIAM AS DIVERSAS CONCEPÇÕES SOBRE SEXUALIDADE FEMININA, ALÉM DE, PROMOVER O AUTOCONHECIMENTO E REFLEXÃO SOBRE A NOÇÃO DO FEMININO NA SOCIEDADE; SENSIBILIZAR E CONSCIENTIZAR SOBRE DIFERENTES FORMAS DE ABUSO; PROPICIAR NAS ESTUDANTES DE ESCOLA PÚBLICA UMA MAIOR REFLEXÃO SOBRE O TEMA, ENTENDENDO QUE SEXUALIDADE É UMA QUESTÃO PERTINENTE À ADOLESCÊNCIA. \r\n
      \r\n
      METODOLOGIA (OU MATERIAIS E MÉTODOS)\r\n
      \r\n
      O PROJETO DE DEU POR MEIO DE FANZINES QUE SÃO PUBLICAÇÕES ALTERNATIVAS, COM PEQUENAS TIRAGENS, PRODUZIDAS, EM GERAL, POR JOVENS DE FORMA LIVRE. ASSIM EXERCITANDO A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO ATRAVÉS DE UMA REVISTA FEITA PELAS PRÓPRIAS ADOLESCENTES EM UM ESPAÇO PEDAGÓGICO QUE ACOLHE O UNIVERSO DE SEUS ANSEIOS EM UMA LINGUAGEM PRÓPRIA, CRIATIVA E PRESENTE EM SEU COTIDIANO.\r\n
      OS ENCONTROS FORAM DIVIDIDOS EM QUATRO: A CONCEPÇÃO DO FEMININO NA SOCIEDADE; O CORPO E SEUS SIGNIFICADOS; VIRGINDADE; DIVERSAS FORMAS DE ABUSO. DESTA FORMA, OS CONTEÚDOS LEVANTADOS NAS DISCUSSÕES FORAM UTILIZADOS DE PAUTA PARA AS CRIAÇÕES  DE FORMA ACESSÍVEL A OUTRAS JOVENS. OS GRUPOS TIVERAM EM MÉDIA DUAS PARTICIPANTES, OS ENCONTROS DURAVAM EM TORNO DE QUATRO HORAS. A CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS DAVA-SE CONCOMITANTEMENTE ALINHADOS COM A CONSTRUÇÃO DOS FANZINES ATUANDO DE FORMA DIALOGADA NA CONSTRUÇÃO DOS TEMAS. AO FINAL DO ENCONTRO O MATERIAL PRODUZIDO ERA IMPRESSO E AS INTEGRANTES PODERIAM TROCAR SEUS EXEMPLARES ENTRE SI OU DISTRIBUÍREM PARA TERCEIROS SE ASSIM DESEJASSEM \r\n
      DESENVOLVIMENTO\r\n
      \r\n
      1.1\t O FEMININO NA SOCIDADE \r\n
      \r\n
      O PAPEL DA MULHER NAS SOCIEDADES OCIDENTAIS PASSOU POR DIVERSAS CONFIGURAÇÕES AO LONGO DOS SÉCULOS, NO QUE DIZ RESPEITO A SUA SEXUALIDADE COLOCADA DE FORMA RECEOSA E SEMPRE ENVIESADA PARA QUE ATENDE-SE AS EXIGÊNCIAS DO PODER VIGENTE. COM ISSO, PODEMOS PERCEBER CERTA PRECARIZAÇÃO EM ESTUDOS RELACIONADOS AO TEMA. COMO EXEMPLO DISSO, POR VÁRIOS ANOS NAS SOCIEDADES GREGAS, POSTULOU QUE MULHERES TIVESSEM UM PÊNIS INTERNOS, DESTE MODO SENDO IMPRESCINDÍVEL  PARA A FECUNDAÇÃO O ORGASMO FEMININO,ENTRETANTO, DE FORMA ALGUMA VOLTADA PARA O SEU GOZO,  POIS SEU PAPEL LIMITAVA-SE A REPRODUÇÃO, SENDO  ESTE O INTUITO, OBJETIFICANDO SEU CORPO E O COLOCANDO A SERVIÇO DA SOCIEDADE. ( SILVA,S.G. 2000)\r\n
                   COM A INTRODUÇÃO DAS CRENÇAS CATÓLICAS E A MORAL BURGUESA O PAPEL DA MULHER TAMBÉM GANHOU UMA NOVA FORMATAÇÃO SOCIAL, AGORA COM O POSTO DE MÃE (ASSEMELHANDO-SE A VIRGEM MARIA) PURA, CASTA E DEVOTA, ESSA NOVA MULHER TOTALMENTE DESPROVIDA DO O CONTATO COM A SUA SEXUALIDADE TORNA-SE O PILAR DA MANUTENÇÃO DO ESPAÇO PRIVADO, SENDO ESTE SEU ÚNICO ESPAÇO POSSÍVEL, JÁ QUE A ESFERA PUBLICA  DESTINAVA-SE AO HOMEM.  NESSE MESMO PERÍODO HÁ DE CERTO MODO UMA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA DIVISÃO ENTRE AS MULHERES, AS QUE ESTAVAM DESTINADAS AO MATRIMONIO E AS QUE SERVIAM PARA A REALIZAÇÃO DOS PRAZERES CARNAIS.  O MATRIMONIO ERA COLOCADO COMO O AUGE DA REALIZAÇÃO FEMININA E A VIRGINDADE SEU DEVER FUNDAMENTAL. QUANDO CASADA ESTA MULHER ERA RESPONSÁVEL PELA EDUCAÇÃO E CUIDADOS DOS FILHOS E DO MARIDO, SENDO COLOCADA COMO A “RAINHA DO LAR”. (FARIAS, 2009)\r\n
      \r\n
      1.2\tSEXUALIDADE \r\n
      \r\n
      A SEXUALIDADE NÃO SE RESUME APENAS AO ATO SEXUAL, MAS ENGLOBA VÁRIOS ASPECTOS QUE SÃO PRESENTES EM TODA A VIDA DE DIVERSAS FORMAS. NESSA PERSPECTIVA, A SEXUALIDADE É A MANEIRA COMO UMA PESSOA EXPRESSA SEU SEXO. É COMO A MULHER VIVENCIA E EXPRESSA O ‘SER MULHER’ E O HOMEM O ‘SER HOMEM’. SE EXPRESSA ATRAVÉS DE GESTOS, DA POSTURA, DA FALA, DO ANDAR, DA VOZ, DAS ROUPAS, DOS ENFEITES, DOS PERFUMES, ENFIM, DE CADA DETALHE DO INDIVÍDUO. (MADUREIR, A. F. A. 2000)\r\n
      SENDO PRODUZIDA POR DIVERSOS FATORES, A SEXUALIDADE TAMBÉM PODE SER ENTENDIDA COMO UM ENCONTRO ENTRE PESSOAS, UMA LEGÍTIMA FORMA DE COMUNICAÇÃO HUMANA, ALÉM DE SER UM COMPONENTE ESSENCIAL PARA UMA BOA QUALIDADE DE VIDA. (VASCONCELOS, 2004);\r\n
      DESTA FORMA, DEFINIR SEXO E SEXUALIDADE AINDA É UM OBSTÁCULO PARA VÁRIAS SOCIEDADES, EM FUNÇÃO DOS MITOS E PRECONCEITOS QUE INTERVÊM NAS RELAÇÕES SOCIAIS. NESTE ÂMBITO, A SEXUALIDADE DURANTE MUITO TEMPO FICOU REDUZIDA AOS ÓRGÃOS GENITAIS. SÓ APÓS OS ESTUDOS DE FREUD, ESTE CONCEITO SE TORNOU MAIS AMPLO E ABRANGENTE, OU SEJA, A SEXUALIDADE INCLUI NÃO APENAS O GENITAL COMO TAMBÉM AS ATIVIDADES AFETIVAS, AS FORMAS DE SENTIR, DE GOSTAR, DE AMAR ABRANGENDO TODO O COMPORTAMENTO HUMANO. (LOURO, G. L. 2004). \r\n
      PARA DE ASSIS (2005) PARA QUE POSSAMOS ASSUMIR COM PLENITUDE A SEXUALIDADE, É NECESSÁRIO ANTES DE TUDO ASSUMIR SUA CAPACIDADE DE ESCOLHA, QUE MOLDA SEUS MODOS DE VIVER, FAZENDO EMERGIR SEU MUNDO AFETIVO DE FORMA QUE ABARQUE A AMPLITUDE DAS MAIS DIVERSAS FACETAS DO HOMEM, ACOLHENDO TODAS AS SUAS POSSIBILIDADES COMO LEGÍTIMAS DE SEREM VIVENCIADAS.\r\n
      \r\n
      1.3\tADOLESCÊNCIA \r\n
      \r\n
      ATUALMENTE A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)  DEFINE A ADOLESCÊNCIA ENTRE 10 E 19 ANOS. JÁ ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) ENTRE 15 E 24 ANOS, NO  MINISTÉRIO DE SAÚDE DO BRASIL, OS LIMITES DA FAIXA ETÁRIA SÃO AS IDADES DE 10 A 24 ANOS, ENTENDENDO QUE ESSAS DATAS SÃO ESPANDIDAS PARA ATENDER QUESTÕES POLITICAS E SOCIAIS. (LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990)\r\n
      ADOLESCÊNCIA COMO A CONCEBEMOS ATUALMENTE NEM SEMPRE EXISTIU, MAS HÁ REGISTRO DO USO DESSE  TERMO AINDA NO IMPÉRIO ROMANO NOS SÉCULOS I E II, COLOCADO PARA DELIMITAR UM PERIODO ESPECIFICO DA VIDA DESEUS CIDADÕES, ENTRETANDO NESSE PERIODO AINDA NÃO HAVIA A SEPARAÇÃO ENTRE O PUBLICO E O PRIVADO, E CRIANÇAS E ADOLESCENTES ERA ENTENDIDAS COM DIVERSAS OBRIGAÇÕES EQUOIPADARAS AOS ADULTOS, MORAL, SEXUALIDADE E POLÍTICA ARTICULAVAM-SE NUM TODO ÚNICO. (MATHEUS, T. C, 2007)\r\n
      \r\n
      RESULTADOS E DISCUSSÃO\r\n
      \r\n
      ATRAVÉS DESSE TRABALHO PODEMOS IDENTIFICAR, DE FORMA SUPERFICIAL, QUE INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, O SER HUMANO É CAPAZ DE PRODUZIR SENTIDOS ACERCA DO SEU CONTEXTO PARTICULAR DA VIDA COTIDIANA, COMO TAMBÉM O  FANZINE PODE SER USADO COMO FERRAMENTA  PSICOEDUCATIVA NO ESPAÇO ESCOLAR, ENTENDENDO A ARTE COMO FORMA DE EXPRESSÃO. \r\n
      ESSES INSTRUMENTOS PODEM FACILITAR A INTERAÇÃO DOS JOVENS COM SEUS SENTIMENTOS AJUDAR NA INTEGRAÇÃO COM O SEU MEIO, TORNANDO-OS MAIS CONSCIENTE E CRÍTICOS SOBRE SUA REALIDADE, ESTABELECENDO UM AMBIENTE MAIS SAUDÁVEL DENTRO DAS INSTITUIÇÕES, RESALTANDO IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR COM ESTRATÉGIAS QUE VISAM À EDUCAÇÃO EMOCIONAL. TAMBÉM, LIDANDO COM QUESTÕES DE SAÚDE PUBLICA,  TAIS COMO A SEXUALIDADE E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. \r\n
      \r\n
       \r\n
      CONSIDERAÇÕES FINAIS\r\n
      \r\n
      AS RELAÇÕES ENTRE CULTURA E SUBJETIVIDADE FORAM BASTANTE APRESENTANDAS NO DECORRER DAS PRODUÇÕES, TENDO EM VISTA QUE,  COMO SUJEITOS SOCIAIS SOMOS CONTANTEMENTE ATRAVESSADOS POR UMA SERIE DE IMPOSSIÇÕES, O QUE FOI NOTADO CONTEÚDOS DOS FANZINES.\r\n
      \tA COMBINAÇÃO DO TRABALHO INDIVIDUAL E DA TAREFA SOCIALIZADA  PERMITIU AS JOVENS EXPOR SEUS SENTIMENTOS, DÚVIDAS E ANGÚSTIAS, DESENCADEANDO REFLEXÕES E ENCORAJANDO-AS À COMPREENSÃO DE SUAS PRÓPRIAS RELAÇÕES COM A SEXUALIDADE. PODENDO ASSIM EXTERIORIZAR QUESTÕES ANTES NÃO TRABALHADAS.  NESSE PROJETO TENTAMOS COLOCAR A ESCOLA COMO UM ESPAÇO DE ACOLHIMENTO E DIALOGO DIANTE DAS QUESTÕES QUE PERPASSAM A ADOLESCÊNCIA.\r\n
      O AMBIENTE ESCOLAR E UM ESPAÇO DE INTERAÇÃO COM O MUNDO, TENDO UMA RESPONSABILIDADE QUE VAI MUNDO ALÉM DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO, POIS A FORMAÇÃO AFETIVA E EMOCIONAL DOS ALUNOS COLOCA-SE COMO FUNDAMENTAL PARA A INSERÇÃO DESSE SUJEITO NA SOCIEDADE, CABENDO A ELA DAR MEIOS PARA QUE ESSE DESENVOLVIMENTO OCORRA DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL. \r\n
      \r\n
      \r\n
      PALAVRAS-CHAVE: SEXUALIDADE FEMININA; FANZINE , ADOLESCÊNCIA, ESCOLA.\r\n
      \r\n
      \r\n
      REFERÊNCIAS \r\n
      \r\n
      ABERASTURY, A. & KNOBEL, M. (1981). ADOLESCÊNCIA NORMAL. PORTO ALEGRE: ARTMED. \r\n
      JEAMMET, P & CORCOS, M. (2005). NOVAS PROBLEMÁTICAS DA ADOLESCÊNCIA: EVOLUÇÃO E MANEJO DA DEPENDÊNCIA. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO.\r\n
      \r\n
      SILVA, S.G. (2000). MASCULINIDADE NA HISTÓRIA: A CONSTRUÇÃO CULTURAL DA DIFERENÇA ENTRE OS SEXOS. REVISTA PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO.\r\n
      \r\n
      FARIAS, MARCILENE NASCIMENTO DE. A HISTÓRIA DAS MULHERES E AS REPRESENTAÇÕES DO FEMININO NA HISTÓRIA. REV. ESTUD. FEM.,  FLORIANÓPOLIS ,  V. 17, N. 3, P. 924-925,  DEC.  2009 .   AVAILABLE FROM . \r\n
      MATHEUS, T. C. ADOLESCÊNCIA: HISTÓRIA E POLÍTICA DO CONCEITO NA PSICANÁLISE. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO, 2007\r\n
      ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990). 14A ED. SÃO PAULO: EDITORA SARAIVA; 2005\r\n
      EISENSTEIN E. ADOLESCÊNCIA: DEFINIÇÕES, CONCEITOS E CRITÉRIOS . ADOLESC SAUDE. 2005;2(2):6-7\r\n
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      O PAPEL DA MULHER NAS SOCIEDADES OCIDENTAIS PASSOU POR DIVERSAS CONFIGURAÇÕES AO LONGO DOS SÉCULOS, NO QUE DIZ RESPEITO A SUA SEXUALIDADE COLOCADA DE FORMA RECEOSA E SEMPRE ENVIESADA PARA QUE ATENDE-SE AS EXIGÊNCIAS DO PODER VIGENTE. COM ISSO, PODEMOS PERCEBER CERTA PRECARIZAÇÃO EM ESTUDOS RELACIONADOS AO TEMA. COMO EXEMPLO DISSO, POR VÁRIOS ANOS NAS SOCIEDADES GREGAS, POSTULOU QUE MULHERES TIVESSEM UM PÊNIS INTERNOS, DESTE MODO SENDO IMPRESCINDÍVEL  PARA A FECUNDAÇÃO O ORGASMO FEMININO,ENTRETANTO, DE FORMA ALGUMA VOLTADA PARA O SEU GOZO,  POIS SEU PAPEL LIMITAVA-SE A REPRODUÇÃO, SENDO  ESTE O INTUITO, OBJETIFICANDO SEU CORPO E O COLOCANDO A SERVIÇO DA SOCIEDADE. ( SILVA,S.G. 2000)\r\n
                   COM A INTRODUÇÃO DAS CRENÇAS CATÓLICAS E A MORAL BURGUESA O PAPEL DA MULHER TAMBÉM GANHOU UMA NOVA FORMATAÇÃO SOCIAL, AGORA COM O POSTO DE MÃE (ASSEMELHANDO-SE A VIRGEM MARIA) PURA, CASTA E DEVOTA, ESSA NOVA MULHER TOTALMENTE DESPROVIDA DO O CONTATO COM A SUA SEXUALIDADE TORNA-SE O PILAR DA MANUTENÇÃO DO ESPAÇO PRIVADO, SENDO ESTE SEU ÚNICO ESPAÇO POSSÍVEL, JÁ QUE A ESFERA PUBLICA  DESTINAVA-SE AO HOMEM.  NESSE MESMO PERÍODO HÁ DE CERTO MODO UMA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA DIVISÃO ENTRE AS MULHERES, AS QUE ESTAVAM DESTINADAS AO MATRIMONIO E AS QUE SERVIAM PARA A REALIZAÇÃO DOS PRAZERES CARNAIS.  O MATRIMONIO ERA COLOCADO COMO O AUGE DA REALIZAÇÃO FEMININA E A VIRGINDADE SEU DEVER FUNDAMENTAL. QUANDO CASADA ESTA MULHER ERA RESPONSÁVEL PELA EDUCAÇÃO E CUIDADOS DOS FILHOS E DO MARIDO, SENDO COLOCADA COMO A “RAINHA DO LAR”. (FARIAS, 2009)\r\n
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      SENDO PRODUZIDA POR DIVERSOS FATORES, A SEXUALIDADE TAMBÉM PODE SER ENTENDIDA COMO UM ENCONTRO ENTRE PESSOAS, UMA LEGÍTIMA FORMA DE COMUNICAÇÃO HUMANA, ALÉM DE SER UM COMPONENTE ESSENCIAL PARA UMA BOA QUALIDADE DE VIDA. (VASCONCELOS, 2004);\r\n
      DESTA FORMA, DEFINIR SEXO E SEXUALIDADE AINDA É UM OBSTÁCULO PARA VÁRIAS SOCIEDADES, EM FUNÇÃO DOS MITOS E PRECONCEITOS QUE INTERVÊM NAS RELAÇÕES SOCIAIS. NESTE ÂMBITO, A SEXUALIDADE DURANTE MUITO TEMPO FICOU REDUZIDA AOS ÓRGÃOS GENITAIS. SÓ APÓS OS ESTUDOS DE FREUD, ESTE CONCEITO SE TORNOU MAIS AMPLO E ABRANGENTE, OU SEJA, A SEXUALIDADE INCLUI NÃO APENAS O GENITAL COMO TAMBÉM AS ATIVIDADES AFETIVAS, AS FORMAS DE SENTIR, DE GOSTAR, DE AMAR ABRANGENDO TODO O COMPORTAMENTO HUMANO. (LOURO, G. L. 2004). \r\n
      PARA DE ASSIS (2005) PARA QUE POSSAMOS ASSUMIR COM PLENITUDE A SEXUALIDADE, É NECESSÁRIO ANTES DE TUDO ASSUMIR SUA CAPACIDADE DE ESCOLHA, QUE MOLDA SEUS MODOS DE VIVER, FAZENDO EMERGIR SEU MUNDO AFETIVO DE FORMA QUE ABARQUE A AMPLITUDE DAS MAIS DIVERSAS FACETAS DO HOMEM, ACOLHENDO TODAS AS SUAS POSSIBILIDADES COMO LEGÍTIMAS DE SEREM VIVENCIADAS.\r\n
      \r\n
      1.3\tADOLESCÊNCIA \r\n
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      ATUALMENTE A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)  DEFINE A ADOLESCÊNCIA ENTRE 10 E 19 ANOS. JÁ ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) ENTRE 15 E 24 ANOS, NO  MINISTÉRIO DE SAÚDE DO BRASIL, OS LIMITES DA FAIXA ETÁRIA SÃO AS IDADES DE 10 A 24 ANOS, ENTENDENDO QUE ESSAS DATAS SÃO ESPANDIDAS PARA ATENDER QUESTÕES POLITICAS E SOCIAIS. (LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990)\r\n
      ADOLESCÊNCIA COMO A CONCEBEMOS ATUALMENTE NEM SEMPRE EXISTIU, MAS HÁ REGISTRO DO USO DESSE  TERMO AINDA NO IMPÉRIO ROMANO NOS SÉCULOS I E II, COLOCADO PARA DELIMITAR UM PERIODO ESPECIFICO DA VIDA DESEUS CIDADÕES, ENTRETANDO NESSE PERIODO AINDA NÃO HAVIA A SEPARAÇÃO ENTRE O PUBLICO E O PRIVADO, E CRIANÇAS E ADOLESCENTES ERA ENTENDIDAS COM DIVERSAS OBRIGAÇÕES EQUOIPADARAS AOS ADULTOS, MORAL, SEXUALIDADE E POLÍTICA ARTICULAVAM-SE NUM TODO ÚNICO. (MATHEUS, T. C, 2007)\r\n
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      RESULTADOS E DISCUSSÃO\r\n
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      ATRAVÉS DESSE TRABALHO PODEMOS IDENTIFICAR, DE FORMA SUPERFICIAL, QUE INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, O SER HUMANO É CAPAZ DE PRODUZIR SENTIDOS ACERCA DO SEU CONTEXTO PARTICULAR DA VIDA COTIDIANA, COMO TAMBÉM O  FANZINE PODE SER USADO COMO FERRAMENTA  PSICOEDUCATIVA NO ESPAÇO ESCOLAR, ENTENDENDO A ARTE COMO FORMA DE EXPRESSÃO. \r\n
      ESSES INSTRUMENTOS PODEM FACILITAR A INTERAÇÃO DOS JOVENS COM SEUS SENTIMENTOS AJUDAR NA INTEGRAÇÃO COM O SEU MEIO, TORNANDO-OS MAIS CONSCIENTE E CRÍTICOS SOBRE SUA REALIDADE, ESTABELECENDO UM AMBIENTE MAIS SAUDÁVEL DENTRO DAS INSTITUIÇÕES, RESALTANDO IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR COM ESTRATÉGIAS QUE VISAM À EDUCAÇÃO EMOCIONAL. TAMBÉM, LIDANDO COM QUESTÕES DE SAÚDE PUBLICA,  TAIS COMO A SEXUALIDADE E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. \r\n
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      CONSIDERAÇÕES FINAIS\r\n
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      AS RELAÇÕES ENTRE CULTURA E SUBJETIVIDADE FORAM BASTANTE APRESENTANDAS NO DECORRER DAS PRODUÇÕES, TENDO EM VISTA QUE,  COMO SUJEITOS SOCIAIS SOMOS CONTANTEMENTE ATRAVESSADOS POR UMA SERIE DE IMPOSSIÇÕES, O QUE FOI NOTADO CONTEÚDOS DOS FANZINES.\r\n
      \tA COMBINAÇÃO DO TRABALHO INDIVIDUAL E DA TAREFA SOCIALIZADA  PERMITIU AS JOVENS EXPOR SEUS SENTIMENTOS, DÚVIDAS E ANGÚSTIAS, DESENCADEANDO REFLEXÕES E ENCORAJANDO-AS À COMPREENSÃO DE SUAS PRÓPRIAS RELAÇÕES COM A SEXUALIDADE. PODENDO ASSIM EXTERIORIZAR QUESTÕES ANTES NÃO TRABALHADAS.  NESSE PROJETO TENTAMOS COLOCAR A ESCOLA COMO UM ESPAÇO DE ACOLHIMENTO E DIALOGO DIANTE DAS QUESTÕES QUE PERPASSAM A ADOLESCÊNCIA.\r\n
      O AMBIENTE ESCOLAR E UM ESPAÇO DE INTERAÇÃO COM O MUNDO, TENDO UMA RESPONSABILIDADE QUE VAI MUNDO ALÉM DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO, POIS A FORMAÇÃO AFETIVA E EMOCIONAL DOS ALUNOS COLOCA-SE COMO FUNDAMENTAL PARA A INSERÇÃO DESSE SUJEITO NA SOCIEDADE, CABENDO A ELA DAR MEIOS PARA QUE ESSE DESENVOLVIMENTO OCORRA DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL. \r\n
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      REFERÊNCIAS \r\n
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      ABERASTURY, A. & KNOBEL, M. (1981). ADOLESCÊNCIA NORMAL. PORTO ALEGRE: ARTMED. \r\n
      JEAMMET, P & CORCOS, M. (2005). NOVAS PROBLEMÁTICAS DA ADOLESCÊNCIA: EVOLUÇÃO E MANEJO DA DEPENDÊNCIA. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO.\r\n
      \r\n
      SILVA, S.G. (2000). MASCULINIDADE NA HISTÓRIA: A CONSTRUÇÃO CULTURAL DA DIFERENÇA ENTRE OS SEXOS. REVISTA PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO.\r\n
      \r\n
      FARIAS, MARCILENE NASCIMENTO DE. A HISTÓRIA DAS MULHERES E AS REPRESENTAÇÕES DO FEMININO NA HISTÓRIA. REV. ESTUD. FEM.,  FLORIANÓPOLIS ,  V. 17, N. 3, P. 924-925,  DEC.  2009 .   AVAILABLE FROM . \r\n
      MATHEUS, T. C. ADOLESCÊNCIA: HISTÓRIA E POLÍTICA DO CONCEITO NA PSICANÁLISE. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO, 2007\r\n
      ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990). 14A ED. SÃO PAULO: EDITORA SARAIVA; 2005\r\n
      EISENSTEIN E. ADOLESCÊNCIA: DEFINIÇÕES, CONCEITOS E CRITÉRIOS . ADOLESC SAUDE. 2005;2(2):6-7\r\n
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Publicado em 24 de outubro de 2019

Resumo

INTRODUÇÃO OS SERES HUMANOS AO LONGO DO SEU DESENVOLVIMENTO PASSAM POR DIVERSAS TRANSFORMAÇÕES, SENDO ELAS, ACIONADAS POR FATORES BIOLÓGICOS, PSÍQUICOS, SOCIAIS E CULTURAIS. É UM PERÍODO DE DESCOBERTAS, UMA ETAPA CARACTERIZADA PELA NECESSIDADE CRESCENTE DE INTEGRAÇÃO SOCIAL, BUSCA DE AUTOAFIRMAÇÃO, INDEPENDÊNCIA INDIVIDUAL E MAIOR DEMANDA SOCIAL POR DEFINIÇÃO DA IDENTIDADE SEXUAL. (ABERASTURY, A. & KONOBEL, M. 1981) A ADOLESCÊNCIA EM MUITAS CULTURAS É TIDA COMO UM RITO DE PASSAGEM, ALÉM DOS FATORES BIOLÓGICOS ASSOCIADOS HÁ A INSERÇÃO DE NOVAS CONFIGURAÇÕES COMPORTAMENTOS ESPERADOS, QUE POR VEZES PODEM SER ENCARADOS COMO CONTRADITÓRIOS. ESSAS DUALIDADES GERADAS POR ESTAREM EM TRANSIÇÃO ENTRE O MUNDO INFANTIL E O ADULTO DESENCADEIAM UMA SERIE DE CONFLITOS ESPERADOS DESSA FASE. (ABERASTURY, A. & KONOBEL, M. 1981) EM UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO O ADOLESCENTE VÊ-SE EM MEIO ÀS NOVAS RELAÇÕES INTRÍNSECAS E EXTRÍNSECAS, TAIS COMO, CONDIÇÃO DE UMA NOVA IMAGEM CORPORAL, A FAMÍLIA, O MEIO EM QUE VIVE E COM OUTROS JOVENS. DENTRO DESSA PERSPECTIVA, MOSTRA-SE PERTINENTE A NECESSIDADE DE TRABALHAR DENTRO DA ESCOLA, TENDO EM VISTA QUE É UM DOS AMBIENTES PRIMÁRIOS DE SOCIALIZAÇÃO. ( JEAMMET, P & CORCOS, M. 2005) A INICIATIVA DESSE PROJETO DEU-SE A PARTIR DAS REFLEXÕES E QUESTIONAMENTO DA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA ESCOLAR E DA EDUCAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA, DO CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS, NESSE PERÍODO HOUVE PROVOCAÇÃO DE PENSAR EM INTERVENÇÕES POSSÍVEIS NO ÂMBITO ESCOLAR. DESTA FORMA, ALIANDO A ARTE DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR FOI POSSÍVEL VISUALIZAR INÚMERAS POSSIBILIDADES DE CONSTRUIR NOVAS SIGNIFICAÇÕES DENTRO DE UM ESPAÇO QUE É PERPASSADO POR DIVERSAS VIOLÊNCIAS. DIALOGANDO COM A IDEIA DE QUE A ARTE CONSTITUI-SE COMO UMA DAS VÁRIAS FORMAS DE EXPRESSÃO HUMANA, O FANZINE FOI ESCOLHIDO PELO SEU CARÁTER DE LIVRE, PARA TRABALHAR UM TEMA QUE AINDA É UM TABU SOCIAL. ENTENDENDO TAMBÉM QUE SOCIALMENTE A SEXUALIDADE FEMININA, POR QUESTÕES CULTURAIS, É ALVO DE RESTRIÇÕES EM SUAS FORMAS DE EXPRESSÃO, OPTAMOS ASSIM POR TRABALHAR DE MANEIRA DINÂMICA LIDANDO COM A SEXUALIDADE COM NATURALIDADE, MAS ENTENDENDO A SUA RELEVÂNCIA. ESTE TRABALHO TEM COMO INTUITO RELATAR AS VIVÊNCIAS DA INTERVENÇÃO REALIZADA COM MENINAS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA PUBLICA ESTADUAL DA CIDADE DE FORTALEZA-CE TENDO COMO OBJETIVOS CONSTRUIR E ELABORAR OS SENTIDOS QUE PERMEIAM AS DIVERSAS CONCEPÇÕES SOBRE SEXUALIDADE FEMININA, ALÉM DE, PROMOVER O AUTOCONHECIMENTO E REFLEXÃO SOBRE A NOÇÃO DO FEMININO NA SOCIEDADE; SENSIBILIZAR E CONSCIENTIZAR SOBRE DIFERENTES FORMAS DE ABUSO; PROPICIAR NAS ESTUDANTES DE ESCOLA PÚBLICA UMA MAIOR REFLEXÃO SOBRE O TEMA, ENTENDENDO QUE SEXUALIDADE É UMA QUESTÃO PERTINENTE À ADOLESCÊNCIA. METODOLOGIA (OU MATERIAIS E MÉTODOS) O PROJETO DE DEU POR MEIO DE FANZINES QUE SÃO PUBLICAÇÕES ALTERNATIVAS, COM PEQUENAS TIRAGENS, PRODUZIDAS, EM GERAL, POR JOVENS DE FORMA LIVRE. ASSIM EXERCITANDO A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO ATRAVÉS DE UMA REVISTA FEITA PELAS PRÓPRIAS ADOLESCENTES EM UM ESPAÇO PEDAGÓGICO QUE ACOLHE O UNIVERSO DE SEUS ANSEIOS EM UMA LINGUAGEM PRÓPRIA, CRIATIVA E PRESENTE EM SEU COTIDIANO. OS ENCONTROS FORAM DIVIDIDOS EM QUATRO: A CONCEPÇÃO DO FEMININO NA SOCIEDADE; O CORPO E SEUS SIGNIFICADOS; VIRGINDADE; DIVERSAS FORMAS DE ABUSO. DESTA FORMA, OS CONTEÚDOS LEVANTADOS NAS DISCUSSÕES FORAM UTILIZADOS DE PAUTA PARA AS CRIAÇÕES DE FORMA ACESSÍVEL A OUTRAS JOVENS. OS GRUPOS TIVERAM EM MÉDIA DUAS PARTICIPANTES, OS ENCONTROS DURAVAM EM TORNO DE QUATRO HORAS. A CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS DAVA-SE CONCOMITANTEMENTE ALINHADOS COM A CONSTRUÇÃO DOS FANZINES ATUANDO DE FORMA DIALOGADA NA CONSTRUÇÃO DOS TEMAS. AO FINAL DO ENCONTRO O MATERIAL PRODUZIDO ERA IMPRESSO E AS INTEGRANTES PODERIAM TROCAR SEUS EXEMPLARES ENTRE SI OU DISTRIBUÍREM PARA TERCEIROS SE ASSIM DESEJASSEM DESENVOLVIMENTO 1.1 O FEMININO NA SOCIDADE O PAPEL DA MULHER NAS SOCIEDADES OCIDENTAIS PASSOU POR DIVERSAS CONFIGURAÇÕES AO LONGO DOS SÉCULOS, NO QUE DIZ RESPEITO A SUA SEXUALIDADE COLOCADA DE FORMA RECEOSA E SEMPRE ENVIESADA PARA QUE ATENDE-SE AS EXIGÊNCIAS DO PODER VIGENTE. COM ISSO, PODEMOS PERCEBER CERTA PRECARIZAÇÃO EM ESTUDOS RELACIONADOS AO TEMA. COMO EXEMPLO DISSO, POR VÁRIOS ANOS NAS SOCIEDADES GREGAS, POSTULOU QUE MULHERES TIVESSEM UM PÊNIS INTERNOS, DESTE MODO SENDO IMPRESCINDÍVEL PARA A FECUNDAÇÃO O ORGASMO FEMININO,ENTRETANTO, DE FORMA ALGUMA VOLTADA PARA O SEU GOZO, POIS SEU PAPEL LIMITAVA-SE A REPRODUÇÃO, SENDO ESTE O INTUITO, OBJETIFICANDO SEU CORPO E O COLOCANDO A SERVIÇO DA SOCIEDADE. ( SILVA,S.G. 2000) COM A INTRODUÇÃO DAS CRENÇAS CATÓLICAS E A MORAL BURGUESA O PAPEL DA MULHER TAMBÉM GANHOU UMA NOVA FORMATAÇÃO SOCIAL, AGORA COM O POSTO DE MÃE (ASSEMELHANDO-SE A VIRGEM MARIA) PURA, CASTA E DEVOTA, ESSA NOVA MULHER TOTALMENTE DESPROVIDA DO O CONTATO COM A SUA SEXUALIDADE TORNA-SE O PILAR DA MANUTENÇÃO DO ESPAÇO PRIVADO, SENDO ESTE SEU ÚNICO ESPAÇO POSSÍVEL, JÁ QUE A ESFERA PUBLICA DESTINAVA-SE AO HOMEM. NESSE MESMO PERÍODO HÁ DE CERTO MODO UMA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA DIVISÃO ENTRE AS MULHERES, AS QUE ESTAVAM DESTINADAS AO MATRIMONIO E AS QUE SERVIAM PARA A REALIZAÇÃO DOS PRAZERES CARNAIS. O MATRIMONIO ERA COLOCADO COMO O AUGE DA REALIZAÇÃO FEMININA E A VIRGINDADE SEU DEVER FUNDAMENTAL. QUANDO CASADA ESTA MULHER ERA RESPONSÁVEL PELA EDUCAÇÃO E CUIDADOS DOS FILHOS E DO MARIDO, SENDO COLOCADA COMO A “RAINHA DO LAR”. (FARIAS, 2009) 1.2 SEXUALIDADE A SEXUALIDADE NÃO SE RESUME APENAS AO ATO SEXUAL, MAS ENGLOBA VÁRIOS ASPECTOS QUE SÃO PRESENTES EM TODA A VIDA DE DIVERSAS FORMAS. NESSA PERSPECTIVA, A SEXUALIDADE É A MANEIRA COMO UMA PESSOA EXPRESSA SEU SEXO. É COMO A MULHER VIVENCIA E EXPRESSA O ‘SER MULHER’ E O HOMEM O ‘SER HOMEM’. SE EXPRESSA ATRAVÉS DE GESTOS, DA POSTURA, DA FALA, DO ANDAR, DA VOZ, DAS ROUPAS, DOS ENFEITES, DOS PERFUMES, ENFIM, DE CADA DETALHE DO INDIVÍDUO. (MADUREIR, A. F. 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PARA DE ASSIS (2005) PARA QUE POSSAMOS ASSUMIR COM PLENITUDE A SEXUALIDADE, É NECESSÁRIO ANTES DE TUDO ASSUMIR SUA CAPACIDADE DE ESCOLHA, QUE MOLDA SEUS MODOS DE VIVER, FAZENDO EMERGIR SEU MUNDO AFETIVO DE FORMA QUE ABARQUE A AMPLITUDE DAS MAIS DIVERSAS FACETAS DO HOMEM, ACOLHENDO TODAS AS SUAS POSSIBILIDADES COMO LEGÍTIMAS DE SEREM VIVENCIADAS. 1.3 ADOLESCÊNCIA ATUALMENTE A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) DEFINE A ADOLESCÊNCIA ENTRE 10 E 19 ANOS. JÁ ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) ENTRE 15 E 24 ANOS, NO MINISTÉRIO DE SAÚDE DO BRASIL, OS LIMITES DA FAIXA ETÁRIA SÃO AS IDADES DE 10 A 24 ANOS, ENTENDENDO QUE ESSAS DATAS SÃO ESPANDIDAS PARA ATENDER QUESTÕES POLITICAS E SOCIAIS. (LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990) ADOLESCÊNCIA COMO A CONCEBEMOS ATUALMENTE NEM SEMPRE EXISTIU, MAS HÁ REGISTRO DO USO DESSE TERMO AINDA NO IMPÉRIO ROMANO NOS SÉCULOS I E II, COLOCADO PARA DELIMITAR UM PERIODO ESPECIFICO DA VIDA DESEUS CIDADÕES, ENTRETANDO NESSE PERIODO AINDA NÃO HAVIA A SEPARAÇÃO ENTRE O PUBLICO E O PRIVADO, E CRIANÇAS E ADOLESCENTES ERA ENTENDIDAS COM DIVERSAS OBRIGAÇÕES EQUOIPADARAS AOS ADULTOS, MORAL, SEXUALIDADE E POLÍTICA ARTICULAVAM-SE NUM TODO ÚNICO. (MATHEUS, T. C, 2007) RESULTADOS E DISCUSSÃO ATRAVÉS DESSE TRABALHO PODEMOS IDENTIFICAR, DE FORMA SUPERFICIAL, QUE INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, O SER HUMANO É CAPAZ DE PRODUZIR SENTIDOS ACERCA DO SEU CONTEXTO PARTICULAR DA VIDA COTIDIANA, COMO TAMBÉM O FANZINE PODE SER USADO COMO FERRAMENTA PSICOEDUCATIVA NO ESPAÇO ESCOLAR, ENTENDENDO A ARTE COMO FORMA DE EXPRESSÃO. ESSES INSTRUMENTOS PODEM FACILITAR A INTERAÇÃO DOS JOVENS COM SEUS SENTIMENTOS AJUDAR NA INTEGRAÇÃO COM O SEU MEIO, TORNANDO-OS MAIS CONSCIENTE E CRÍTICOS SOBRE SUA REALIDADE, ESTABELECENDO UM AMBIENTE MAIS SAUDÁVEL DENTRO DAS INSTITUIÇÕES, RESALTANDO IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR COM ESTRATÉGIAS QUE VISAM À EDUCAÇÃO EMOCIONAL. TAMBÉM, LIDANDO COM QUESTÕES DE SAÚDE PUBLICA, TAIS COMO A SEXUALIDADE E A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. CONSIDERAÇÕES FINAIS AS RELAÇÕES ENTRE CULTURA E SUBJETIVIDADE FORAM BASTANTE APRESENTANDAS NO DECORRER DAS PRODUÇÕES, TENDO EM VISTA QUE, COMO SUJEITOS SOCIAIS SOMOS CONTANTEMENTE ATRAVESSADOS POR UMA SERIE DE IMPOSSIÇÕES, O QUE FOI NOTADO CONTEÚDOS DOS FANZINES. A COMBINAÇÃO DO TRABALHO INDIVIDUAL E DA TAREFA SOCIALIZADA PERMITIU AS JOVENS EXPOR SEUS SENTIMENTOS, DÚVIDAS E ANGÚSTIAS, DESENCADEANDO REFLEXÕES E ENCORAJANDO-AS À COMPREENSÃO DE SUAS PRÓPRIAS RELAÇÕES COM A SEXUALIDADE. PODENDO ASSIM EXTERIORIZAR QUESTÕES ANTES NÃO TRABALHADAS. NESSE PROJETO TENTAMOS COLOCAR A ESCOLA COMO UM ESPAÇO DE ACOLHIMENTO E DIALOGO DIANTE DAS QUESTÕES QUE PERPASSAM A ADOLESCÊNCIA. O AMBIENTE ESCOLAR E UM ESPAÇO DE INTERAÇÃO COM O MUNDO, TENDO UMA RESPONSABILIDADE QUE VAI MUNDO ALÉM DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO, POIS A FORMAÇÃO AFETIVA E EMOCIONAL DOS ALUNOS COLOCA-SE COMO FUNDAMENTAL PARA A INSERÇÃO DESSE SUJEITO NA SOCIEDADE, CABENDO A ELA DAR MEIOS PARA QUE ESSE DESENVOLVIMENTO OCORRA DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL. PALAVRAS-CHAVE: SEXUALIDADE FEMININA; FANZINE , ADOLESCÊNCIA, ESCOLA. REFERÊNCIAS ABERASTURY, A. & KNOBEL, M. (1981). ADOLESCÊNCIA NORMAL. PORTO ALEGRE: ARTMED. JEAMMET, P & CORCOS, M. (2005). NOVAS PROBLEMÁTICAS DA ADOLESCÊNCIA: EVOLUÇÃO E MANEJO DA DEPENDÊNCIA. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO. SILVA, S.G. (2000). MASCULINIDADE NA HISTÓRIA: A CONSTRUÇÃO CULTURAL DA DIFERENÇA ENTRE OS SEXOS. REVISTA PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO. FARIAS, MARCILENE NASCIMENTO DE. A HISTÓRIA DAS MULHERES E AS REPRESENTAÇÕES DO FEMININO NA HISTÓRIA. REV. ESTUD. FEM., FLORIANÓPOLIS , V. 17, N. 3, P. 924-925, DEC. 2009 . AVAILABLE FROM . MATHEUS, T. C. ADOLESCÊNCIA: HISTÓRIA E POLÍTICA DO CONCEITO NA PSICANÁLISE. SÃO PAULO: CASA DO PSICÓLOGO, 2007 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990). 14A ED. SÃO PAULO: EDITORA SARAIVA; 2005 EISENSTEIN E. ADOLESCÊNCIA: DEFINIÇÕES, CONCEITOS E CRITÉRIOS . ADOLESC SAUDE. 2005;2(2):6-7 .

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