Reconhecer as diferenças e aceitá-las como tal é um princípio fundamental para a construção da própria identidade pelo sujeito, que se afirma com base no outro. Esse é um processo que deve ser iniciado na escola, espaço de favorecimento e reconhecimento da diversidade e de onde partirá a convivência respeitosa entre os diferentes atores sociais. Nesse sentido, o presente trabalho visa discutir as implicações da lei 10.639/2003 que trata da obrigatoriedade de se estudar a História e a Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos, públicos e particulares, de ensino fundamental e médio da educação básica brasileira, com ênfase: a) na abordagem da temática nas aulas de língua portuguesa nas turmas do ensino fundamental II; b) nas atividades que podem ser desenvolvidas para subsidiar essa discussão em consonância com os documentos oficiais; e c) nas contribuições dessas aulas para a formação ética desse sujeito aluno. Os primeiros resultados dessa pesquisa mostram que esses estudantes começam a se apropriar de valores como a alteridade, ao passo que também elevam sua autoestima.