Este artigo faz uma reflexão sobre a poesia em contexto digital a partir da obra poética e intermídia de Augusto de Campos, apoiando-se na articulação entre análise textual, fruição estética e apropriação criativa da tecnologia. A leitura dos poemas está condicionada à interação entre o leitor e o suporte computador, e é a partir deste diálogo que investigamos o enriquecimento de sentidos textuais, promovido pela exploração criativa dos recursos da animação digital e da tradução intermídia. Durante a leitura são acionadas as reflexões teóricas de Julio Plaza, Lucia Santaella e Jorge Luiz Antonio. Os poemas digitais de Augusto de Campos configuram um gesto ressignificação da tecnologia e uma ampliação das possibilidades de leitura/fruição do texto poético.