Artigo Anais V ENLIJE

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-0670

A LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE SALA DE AULA

Palavra-chaves: ENSINO, LITERATURA COMPARADA, POESIA Comunicação Oral (CO) GT-11: Literatura em aula de língua materna e estrangeira: propostas e reflexões
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      A LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE SALA DE AULA\r\n
      Profa. Dra. Izabel Cristina da Costa Bezerra Oliveira\r\n
      Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN\r\n
      Instituto de Educação Superior presidente Kennedy - IFESP\r\n
      \r\n
      1.\tIntrodução\r\n
      \tParece haver uma estratégia errada no ensino de literatura em algumas instituições de ensino superior em nosso país. Ultimamente, questões relacionadas à leitura e ao ensino da Literatura têm sido bastante questionadas por parte de alunos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN e do Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy-IFESP que cursam Letras, Pedagogia e Ciências da Religião. Nos referidos cursos, a disciplina de Literatura Infantil entra apenas na grade curricular obrigatória no curso de Ciências da Religião e como disciplina optativa nos cursos de Letras e Pedagogia da UERN e IFESP. \r\n
      De acordo com os alunos desses cursos, a carga horária ofertada na grade não é suficiente para que os conteúdos sejam trabalhados de forma que o futuro professor tenha uma base sólida para assumir estágios supervisionados e/ou um cargo efetivo no exercício de sala de aula. \r\n
      2.\t Fundamentação\r\n
      \tEm atendimento aos objetivos propostos para o curso, nossas ações do projeto foram desenvolvidas a partir de leituras e discussões de textos com ênfase no aporte teórico de BOSI, CANDIDO, COSSON, dentre outros. Nas primeiras aulas, foi solicitado que os alunos mencionassem suas experiências em torno das aulas elaboradas para a turma que lecionavam. Questionamentos sobre o plano de aula, conteúdos selecionados, obras indicadas para leitura e tarefas realizadas foram o norte para que a discussão e a socialização das experiências pudessem ser pensadas e planejadas pela professora ministrante do curso. \r\n
      \tApós as reflexões, os alunos chegaram a um consenso sobre a relevância do professor no processo de incentivo à leitura e a seleção do material a ser trabalhado em cada ano de ensino, proporcionando ao alunado sentir prazer nas leituras adotadas em sala de aula.  Na busca de contribuir na elaboração de um plano de aula mais atualizado e condizente com a realidade de seus alunos, os alunos-professores foram orientados para desenvolver atividades no Ensino Fundamental: Crônicas (tradicionais e modernas) e no Ensino Médio: Poesias de Elza Beatriz , Rosalina Acedo Chiarion, Manuel Bandeira e  Carlos Drummond de Andrade. \r\n
              Tendo em vista as dificuldades e sugestões solicitadas pelos alunos-professores, fez-se necessário trabalhar alguns conceitos básicos para uma análise literária, considerando os gêneros compostos para o curso. Em relação à prosa (contos e crônica), trabalhei os conceitos de personagem, tempo, espaço, linguagem e narrador. \r\n
      3.  Metodologia\r\n
      \tA metodologia foi desenvolvida a partir de aulas expositivas, estudos e análises dos textos mencionados. Os alunos foram orientados a perceber que na análise literária não são os “conceitos” que devem ser estudados, “procurados” no texto e sim a leitura deste nos sugere determinado aspecto (tema) a ser pensado, pesquisado ou analisado. \r\n
      \tNas primeiras leituras, os alunos identificaram a questão da memória citando aspectos apresentados nos textos poéticos que expressam o mundo da infância e brincadeiras de um dado passado.  Citamos alguns trechos selecionados nas análises dos alunos:\r\n
      Depois que aprendi o que é eu-lírico, o ser que fala na poesia, achei interessante o diálogo do avô com o neto falando sobre os brinquedos de seu tempo e as brincadeiras das crianças (Aluna/IFESP).\r\n
      Após a leitura dos textos de Rildo Cosson, percebi que os poetas criam o texto a partir de uma memória sobre o que acontece ou aconteceu na vida das pessoas (Aluna/IFESP).\r\n
      (...) a poesia “Os brinquedos do Vovô”, de Rosalina Acedo Chiarion me chamou a atenção por tratar de assunto importante que nós pais não despertamos totalmente ainda para trabalhar com nossos filhos, falar sobre as brincadeiras saudáveis de antigamente. O interessante no texto é a forma como o avô critica e convida o neto para pensar sobre o assunto, como  a gente ver nos versos: “E hoje você, meu neto, não percebe o tempo que passa, fica no vídeo game fechado naquela sala. Abra os olhos, meu netinho, aproveite... brinque sempre das coisas tão diferentes que lhe conta o seu avô.”                                                                      (Aluna/UERN).\r\n
      \r\n
      \t   Ao adentrar na leitura de  “Computador”, de Elza Beatriz, os alunos revisitaram brinquedos e brincadeiras de antigamente com um olhar mais crítico sobre o texto. Para tanto, elegemos o trecho:\r\n
       \r\n
      Em “Computador”, de Elza Beatriz, a autora inicia o texto de forma bem diferente da poesia de “Os brinquedos do Vovô”, até mesmo pelo título a gente pensa que ela vai falar diretamente sobre computador e aí começa mencionar os brinquedos e brincadeiras de antigamente, chamando a atenção para a garotada de hoje que mais parece um computador programado para tudo, menos para a magia da infância. É interessante a forma como ela construiu os versos e eu já penso em trabalhar os dois textos com meus alunos, pedindo para eles compararem a leitura de cada texto e perceberem a mensagem de cada um. (...)    No mundo atual, cabe ao professor levar essa discussão para a sala de aula através da literatura e agora que compreendemos melhor o texto de poesia, vamos trabalhar com poesias em nossas aulas                                                              (Aluno/UERN).\r\n
      \r\n
      Conclusão\r\n
      \tNesse contexto, constatamos a importância de oportunizar ao alunado-professor um contato maior com a literatura, uma vez que as análises apresentadas no Curso de Extensão Letramento Literário revela o quanto é importante e urgente as IES envolvidas apresentarem em sua Grade Curricular  uma carga horária mais extensa para a área do ensino da Literatura. \r\n
      \tAo mesmo tempo, temos a convicção de que destinar uma carga horária maior para o ensino da literatura não é garantia suficiente para que tenhamos futuros professores capacitados, pois é necessário em igual importância que as IES tenham sempre educadores com uma boa formação acadêmica, constante produção científica e professores com um perfil profissional moderno no sentido de acompanhar as necessidades e mudanças que o mundo atual exige.\r\n
      \tPor fim, é tarefa de todo professor incentivar o hábito da leitura. Mas, a leitura literária é tarefa quase que especificamente dos professores de literatura e cursos afins, incentivando, mantendo sempre o interesse dos alunos pela leitura, apontando aos discentes as múltiplas experiências vivenciadas por nós a fim de manter acesa a chama pelas veredas literárias. Do contrário, o índice de interesse pela leitura literária nos mais variados gêneros se tornará cada vez mais insignificante. Nessa perspectiva, acreditamos que o propósito do curso foi alcançado e esperamos que a sementinha plantada possa gerar muitos admiradores e leitores literários capazes de plantar novas sementes.\r\n
      \r\n
      Referências: \r\n
      ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 1993 .   \r\n
      BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 8. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1980.\r\n
      BOSI, Eléa. Memória e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.\r\n
      CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. São Paulo: 8ed. Rio de Janeiro: T. A. Queiroz, 2000.\r\n
      CANDIDO, Antonio. “O direito à literatura”. In: Vários escritos. 3ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995.\r\n
      CHIARION, Rosalina  Acedo & NICOLA, José de. Novo tempo de alfabetização.  Rio de Janeiro: Scipione, 2006.\r\n
      COSSON, Rildo. Letramento literário. São Paulo: Contexto, 2009.\r\n
      ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 10ed. São Paulo: Global, 1998.\r\n
      ZINANI, Cecil Jeanine Albert e SANTOS, Salete Rosa Pezzi dos. Parâmetros Curriculares Nacionais e ensino de literatura. In: PAULINO, Graça e COSSON, Rildo (Orgs.). Leitura literária: a mediação escolar. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2004.
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      Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN\r\n
      Instituto de Educação Superior presidente Kennedy - IFESP\r\n
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      1.\tIntrodução\r\n
      \tParece haver uma estratégia errada no ensino de literatura em algumas instituições de ensino superior em nosso país. Ultimamente, questões relacionadas à leitura e ao ensino da Literatura têm sido bastante questionadas por parte de alunos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN e do Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy-IFESP que cursam Letras, Pedagogia e Ciências da Religião. Nos referidos cursos, a disciplina de Literatura Infantil entra apenas na grade curricular obrigatória no curso de Ciências da Religião e como disciplina optativa nos cursos de Letras e Pedagogia da UERN e IFESP. \r\n
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      2.\t Fundamentação\r\n
      \tEm atendimento aos objetivos propostos para o curso, nossas ações do projeto foram desenvolvidas a partir de leituras e discussões de textos com ênfase no aporte teórico de BOSI, CANDIDO, COSSON, dentre outros. Nas primeiras aulas, foi solicitado que os alunos mencionassem suas experiências em torno das aulas elaboradas para a turma que lecionavam. Questionamentos sobre o plano de aula, conteúdos selecionados, obras indicadas para leitura e tarefas realizadas foram o norte para que a discussão e a socialização das experiências pudessem ser pensadas e planejadas pela professora ministrante do curso. \r\n
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              Tendo em vista as dificuldades e sugestões solicitadas pelos alunos-professores, fez-se necessário trabalhar alguns conceitos básicos para uma análise literária, considerando os gêneros compostos para o curso. Em relação à prosa (contos e crônica), trabalhei os conceitos de personagem, tempo, espaço, linguagem e narrador. \r\n
      3.  Metodologia\r\n
      \tA metodologia foi desenvolvida a partir de aulas expositivas, estudos e análises dos textos mencionados. Os alunos foram orientados a perceber que na análise literária não são os “conceitos” que devem ser estudados, “procurados” no texto e sim a leitura deste nos sugere determinado aspecto (tema) a ser pensado, pesquisado ou analisado. \r\n
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      Referências: \r\n
      ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 1993 .   \r\n
      BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 8. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1980.\r\n
      BOSI, Eléa. Memória e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.\r\n
      CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. São Paulo: 8ed. Rio de Janeiro: T. A. Queiroz, 2000.\r\n
      CANDIDO, Antonio. “O direito à literatura”. In: Vários escritos. 3ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995.\r\n
      CHIARION, Rosalina  Acedo & NICOLA, José de. Novo tempo de alfabetização.  Rio de Janeiro: Scipione, 2006.\r\n
      COSSON, Rildo. Letramento literário. São Paulo: Contexto, 2009.\r\n
      ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 10ed. São Paulo: Global, 1998.\r\n
      ZINANI, Cecil Jeanine Albert e SANTOS, Salete Rosa Pezzi dos. Parâmetros Curriculares Nacionais e ensino de literatura. In: PAULINO, Graça e COSSON, Rildo (Orgs.). Leitura literária: a mediação escolar. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2004.
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Publicado em 20 de agosto de 2014

Resumo

A LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO: REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE SALA DE AULA Profa. Dra. Izabel Cristina da Costa Bezerra Oliveira Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Instituto de Educação Superior presidente Kennedy - IFESP 1. Introdução Parece haver uma estratégia errada no ensino de literatura em algumas instituições de ensino superior em nosso país. Ultimamente, questões relacionadas à leitura e ao ensino da Literatura têm sido bastante questionadas por parte de alunos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte- UERN e do Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy-IFESP que cursam Letras, Pedagogia e Ciências da Religião. Nos referidos cursos, a disciplina de Literatura Infantil entra apenas na grade curricular obrigatória no curso de Ciências da Religião e como disciplina optativa nos cursos de Letras e Pedagogia da UERN e IFESP. De acordo com os alunos desses cursos, a carga horária ofertada na grade não é suficiente para que os conteúdos sejam trabalhados de forma que o futuro professor tenha uma base sólida para assumir estágios supervisionados e/ou um cargo efetivo no exercício de sala de aula. 2. Fundamentação Em atendimento aos objetivos propostos para o curso, nossas ações do projeto foram desenvolvidas a partir de leituras e discussões de textos com ênfase no aporte teórico de BOSI, CANDIDO, COSSON, dentre outros. Nas primeiras aulas, foi solicitado que os alunos mencionassem suas experiências em torno das aulas elaboradas para a turma que lecionavam. Questionamentos sobre o plano de aula, conteúdos selecionados, obras indicadas para leitura e tarefas realizadas foram o norte para que a discussão e a socialização das experiências pudessem ser pensadas e planejadas pela professora ministrante do curso. Após as reflexões, os alunos chegaram a um consenso sobre a relevância do professor no processo de incentivo à leitura e a seleção do material a ser trabalhado em cada ano de ensino, proporcionando ao alunado sentir prazer nas leituras adotadas em sala de aula. Na busca de contribuir na elaboração de um plano de aula mais atualizado e condizente com a realidade de seus alunos, os alunos-professores foram orientados para desenvolver atividades no Ensino Fundamental: Crônicas (tradicionais e modernas) e no Ensino Médio: Poesias de Elza Beatriz , Rosalina Acedo Chiarion, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. Tendo em vista as dificuldades e sugestões solicitadas pelos alunos-professores, fez-se necessário trabalhar alguns conceitos básicos para uma análise literária, considerando os gêneros compostos para o curso. Em relação à prosa (contos e crônica), trabalhei os conceitos de personagem, tempo, espaço, linguagem e narrador. 3. Metodologia A metodologia foi desenvolvida a partir de aulas expositivas, estudos e análises dos textos mencionados. Os alunos foram orientados a perceber que na análise literária não são os “conceitos” que devem ser estudados, “procurados” no texto e sim a leitura deste nos sugere determinado aspecto (tema) a ser pensado, pesquisado ou analisado. Nas primeiras leituras, os alunos identificaram a questão da memória citando aspectos apresentados nos textos poéticos que expressam o mundo da infância e brincadeiras de um dado passado. Citamos alguns trechos selecionados nas análises dos alunos: Depois que aprendi o que é eu-lírico, o ser que fala na poesia, achei interessante o diálogo do avô com o neto falando sobre os brinquedos de seu tempo e as brincadeiras das crianças (Aluna/IFESP). Após a leitura dos textos de Rildo Cosson, percebi que os poetas criam o texto a partir de uma memória sobre o que acontece ou aconteceu na vida das pessoas (Aluna/IFESP). (...) a poesia “Os brinquedos do Vovô”, de Rosalina Acedo Chiarion me chamou a atenção por tratar de assunto importante que nós pais não despertamos totalmente ainda para trabalhar com nossos filhos, falar sobre as brincadeiras saudáveis de antigamente. O interessante no texto é a forma como o avô critica e convida o neto para pensar sobre o assunto, como a gente ver nos versos: “E hoje você, meu neto, não percebe o tempo que passa, fica no vídeo game fechado naquela sala. Abra os olhos, meu netinho, aproveite... brinque sempre das coisas tão diferentes que lhe conta o seu avô.” (Aluna/UERN). Ao adentrar na leitura de “Computador”, de Elza Beatriz, os alunos revisitaram brinquedos e brincadeiras de antigamente com um olhar mais crítico sobre o texto. Para tanto, elegemos o trecho: Em “Computador”, de Elza Beatriz, a autora inicia o texto de forma bem diferente da poesia de “Os brinquedos do Vovô”, até mesmo pelo título a gente pensa que ela vai falar diretamente sobre computador e aí começa mencionar os brinquedos e brincadeiras de antigamente, chamando a atenção para a garotada de hoje que mais parece um computador programado para tudo, menos para a magia da infância. É interessante a forma como ela construiu os versos e eu já penso em trabalhar os dois textos com meus alunos, pedindo para eles compararem a leitura de cada texto e perceberem a mensagem de cada um. (...) No mundo atual, cabe ao professor levar essa discussão para a sala de aula através da literatura e agora que compreendemos melhor o texto de poesia, vamos trabalhar com poesias em nossas aulas (Aluno/UERN). Conclusão Nesse contexto, constatamos a importância de oportunizar ao alunado-professor um contato maior com a literatura, uma vez que as análises apresentadas no Curso de Extensão Letramento Literário revela o quanto é importante e urgente as IES envolvidas apresentarem em sua Grade Curricular uma carga horária mais extensa para a área do ensino da Literatura. Ao mesmo tempo, temos a convicção de que destinar uma carga horária maior para o ensino da literatura não é garantia suficiente para que tenhamos futuros professores capacitados, pois é necessário em igual importância que as IES tenham sempre educadores com uma boa formação acadêmica, constante produção científica e professores com um perfil profissional moderno no sentido de acompanhar as necessidades e mudanças que o mundo atual exige. Por fim, é tarefa de todo professor incentivar o hábito da leitura. Mas, a leitura literária é tarefa quase que especificamente dos professores de literatura e cursos afins, incentivando, mantendo sempre o interesse dos alunos pela leitura, apontando aos discentes as múltiplas experiências vivenciadas por nós a fim de manter acesa a chama pelas veredas literárias. Do contrário, o índice de interesse pela leitura literária nos mais variados gêneros se tornará cada vez mais insignificante. Nessa perspectiva, acreditamos que o propósito do curso foi alcançado e esperamos que a sementinha plantada possa gerar muitos admiradores e leitores literários capazes de plantar novas sementes. Referências: ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 1993 . BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 8. ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1980. BOSI, Eléa. Memória e sociedade. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. São Paulo: 8ed. Rio de Janeiro: T. A. Queiroz, 2000. CANDIDO, Antonio. “O direito à literatura”. In: Vários escritos. 3ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995. CHIARION, Rosalina Acedo & NICOLA, José de. Novo tempo de alfabetização. Rio de Janeiro: Scipione, 2006. COSSON, Rildo. Letramento literário. São Paulo: Contexto, 2009. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 10ed. São Paulo: Global, 1998. ZINANI, Cecil Jeanine Albert e SANTOS, Salete Rosa Pezzi dos. Parâmetros Curriculares Nacionais e ensino de literatura. In: PAULINO, Graça e COSSON, Rildo (Orgs.). Leitura literária: a mediação escolar. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2004.

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