NUNES, Wykli Da Costa. Formação docente e cibercultura na licenciatura integrada da ufpa. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52175>. Acesso em: 22/12/2024 06:03
FORMAÇÃO DOCENTE E CIBERCULTURA NA LICENCIATURA INTEGRADA DA UFPA Wykli da Costa Nunes /prof.willcosta@gmail.com/UFPA-IEMCI/GEPASEA Elizabeth Orofino Lucio/UFPA-IEMCI/GEPASEA Eixo Temático: Educação, linguagens, tecnologias e valores Resumo: No contexto da cultura digital que nos permeia, a chamada cibercultura (LÉVY, 1999), muitos são os novos desafios, principalmente para a educação. De acordo com Santos e Weber (2014), a cibercultura é capaz de promover novas dinâmicas sociais, transcendendo as barreiras interculturais e a distância antes tida como empecilho, desta forma, produzindo uma gama de conhecimentos novos a cada fração de segundo, dando novos limites e possibilidades aos mais diferentes âmbitos. No que tange o sentido educacional, e principalmente da formação de professores que acompanham e acompanharão a (re)evolução digital em sala de aula e suas consequências nas novas competências para a docência no século XXI, uma destas é saber se utilizar da cibercultura em sala de aula, a fim de promover um aprendizado significativo de modo a formar cidadãos críticos e reflexivos de seus meios, sejam eles culturais ou de aprendizado, é de primordial importância atentar-se inicialmente para qual formação este profissional está se direcionando e o que pretende-se com esta, de tal modo que venha a capacitá-lo frente a estas demandas. A cibercultura é compreendida como cultura contemporânea, na qual a comunicação, a produção e a circulação em rede de informações e conhecimentos se dão na interface cidade-ciberespaço, emergindo assim novos arranjos espaçotemporais e, com eles, novas práticas educativas e de formação. A pesquisa no contexto da cibercultura requer imersão nessas práticas. Os sujeitos da pesquisa são entendidos como "praticantes culturais" que produzem dados em rede, portanto, não são interpretados como meros informantes, mas sim como coautores já que produzem cultura. Não existe pesquisa-formação desarticulada do contexto da docência, não há separação entre os contextos educativos das cidades e de seus equipamentos culturais, como escolas, universidades, movimentos sociais, museus, organizações, eventos científicos e demais redes educativas em que estão imersas .Neste sentido, é apresentado o curso de Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemática e Linguagens, da Universidade Federal do Pará, Campus Belém, que, de acordo com seu próprio Projeto Político Pedagógico, PPC/IEMCI 2008, visa formar profissionais capazes de trabalhar com quatro tipos de alfabetizações: matemática, científica, linguística e digital que, aliadas, pretendem formar um profissional capaz de lidar com estas alfabetizações de forma interdisciplinar e atuar na educação básica. Sua proposta curricular é desmembrada em eixos, temas e assuntos, com enfoque na prática docente desde o início, integrando as diferentes áreas do conhecimento, levando a discussões a respeito de problematizações feitas em sala e possíveis propostas (GONÇALVES, 2012) que são vistas como possíveis intervenções a serem tomadas em sala de aula, considerando o contato que estes discentes têm com a própria sala de aula desde a gênese da graduação. Ao darmos enfoque a uma das alfabetizações acima apresentadas, a alfabetização digital, pode-se perceber que assume papel de uso de recursos diferenciados no curso da aprendizagem (PPC/IEMCI 2008), o que pode vir a reduzir sua potencialidade real. Como observador participante durante esta trajetória formativa, são possíveis fazer alguns apontamentos, tais como: apesar de relativamente novo, este curso mostra-se de suma importância e suas contribuições são imensuráveis; o contato com a cultura digital em sala de aula pode ser potencializada para além de um recurso, reverberando consequentemente a formação deste, e de outros profissionais, considerando que esta cultura que permeia não somente este espaço, como tantos outros, já não é uma questão de "escolha", entre usar ou não usar, pois mantém-se presente mesmo em locais mais distantes.Tal processo, influencia movimentos dentro da própria instituição por meio de uma pesquisa que busca compreender as relações destes professores em formação com a cultura digital. Em suma, pode-se entender que novas propostas para a educação são necessárias, de forma não fragmentada e que possa de fato formar cidadãos, que deve partir desde o aspecto da formação de profissionais capazes de lidar com as novas demandas e, principalmente, com as questões ligadas à cultura digital, enfoques estes que devem ser dados também na formação de professores para o ensino básico, como é o caso da Licenciatura acima apresentada, no ensino superior. Palavras-chave: Cibercultura, Formação, Licenciatura Integrada, Alfabetizações Referências GONÇALVES, Terezinha Valim Oliver. LICENCIATURA INTEGRADA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, MATEMÁTICA E LINGUAGENS:PRINCÍPIOS E DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. In: Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino, XVI., 2012, Unicamp. LICENCIATURA INTEGRADA... Campinas: Junqueira&Marin Editores, 2012. p. 165-181. Disponível em: . Acesso em: 08 out 2018. LÉVY, Pierre. Cibercultura. SP: Editora 34, 1999. NPADC: UFPA. (2008). Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura Integrada em Educação em Ciências, Matemática e Linguagens. Belém/PA. Disponível em: . Acesso em: 10 out 2018. SANTOS, Edméa. WEBER, Aline. DIÁRIOS ONLINE, CIBERCULTURA E PESQUISA-FORMAÇÃO MULTIRREFERENCIAL. Didática e Prática de Ensino na relação com a escola, Ceará, p. 01775-01786, nov. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2018.