GONÇALVES, Caroline Diles. Do tabuleiro para o pátio: atividades sobre jogos de salão. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52069>. Acesso em: 23/11/2024 09:52
DO TABULEIRO PARA O PÁTIO: RECRIAÇÃO DE ATIVIDADES SOBRE JOGOS DE SALÃO Caroline Diles Gonçalves[1]/caroline.diles4@gmail.com/UFPE Angela Cabral Braz da Silva[2]/ UFPE Isyellen Cristine Santos da Silva de Oliveira [3]/ UFPE Maria Aida Alves de Andrade[4]/UFPE Tereza Luíza de França[5]/ UFPE Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Resumo Este trabalho foi realizado a partir da vivência no programa de Residência Pedagógica do curso de Educação Física na UFPE, que promove a imersão do estudante de licenciatura na escola básica. Depois da ambientação e identificação das características do público, foi possível elabora uma comunicação melhor com os alunos antes de iniciar as regências das aulas. Possibilitando novas experiência no âmbito escolar, durante a formação acadêmica. O jogo faz parte dos conteúdos estudados e dados nas escolas nas aulas de Educação Física, o jogo de salão assim como outros é rico em cultura e possibilita diversas práticas a serem desenvolvidas com os alunos. Como objetivo foi definido entender sobre os diversos tipos de jogos de salão e buscar novas possibilidades de vivencia durante a aula de Educação Física, numa perspectiva lúdico-criativa. Os jogos e as brincadeiras são práticas culturais expressivas com intencionalidades e curiosidades lúdicas que contribuem para uma formação autônoma e criativa. Uma das possibilidades é a reconstrução de suas regras durante a realização, são possíveis diferentes modos de viver o tempo, o lugar, os materiais e as experiências a serem vividas com os jogos. Estimulam o imaginário propiciando experimentações prazerosas e criativas provocando o uso de diferentes linguagens verbais e não verbais, expressando as dimensões do corpo de formas diferentes e conscientes. Através dos jogos de salão, que também são conhecidos como jogos de tabuleiros, os alunos são estimulados tanto na parte afetiva, quanto na cognitiva. É importante vivenciar o jogo, saber sobre a cultura, levar a história, valorizar a cultura desses tipos de jogos, na escola com os alunos. As intervenções foram elaboradas pelas residentes participantes do Programa de Residência Pedagógica do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizada na Escola Timbi no município de Camaragibe-Pernambuco. O estudo foi realizado com intervenções com alunos do fundamental II do oitavo ano. Para tanto, foram sistematizadas práticas junto com os alunos em que a habilidade gestual, a concentração, respeito ao próximo, atenção, integração, constituiu-se como categorias centrais do ensino-aprendizagem. A metodologia na abordagem qualitativa, a intervenção considerou os princípios da pesquisa-ação, em um universo de uma turma do oitavo ano, foi constituída uma sequência didática de três momentos. O primeiro momento foi realizado aula teórica e apresentado, história, cultura e diversos tipos de jogos de salão. E encaminhado uma pesquisa sobre o tema da aula para um melhor entendimento acerca do tema. No segundo momento os alunos apresentaram suas pesquisas em uma roda de conversa com a turma, e foi ensinado regras básicas, e tiveram a vivência com alguns jogos como: xadrez, dama, domino e uno. Foi proposto que os alunos com seus grupos recriassem algum jogo de salão, com tema de "do tabuleiro para o pátio", para ser vivido com sua turma na próxima aula. No terceiro momento foi realizada uma discursão, com objetivo de resgatar o que os alunos já tinham estudado e vivenciado sobre jogos de salão. Pós conversar sobre o que os alunos recriaram, foi realizada as vivências das atividades, como a dama humana e o xadrez humano. No final foi realizado o processo de avaliação da intervenção, através de uma roda de conversa. Os resultados obtidos estão expressos pela melhoria na interação social, expressão corporal como linguagem que contribuiu significamente com a percepção e atenção dos alunos nas práticas elencadas. A autonomia da recriação do jogo foi algo que aparentemente motivou os alunos a participarem das atividades. Expressaram através da fala que estavam satisfeitos com as intervenções realizadas, não só em sala, mas, com diversos tipos de aulas sobre os jogos de salão. Com as atividades lúdicas, uma maneira de ensinar e aprender, para assim poder oportunizar um aprendizado significativo. Conclui-se que essas vivências em regências com o assunto sobre jogos de salão contribuíram para uma relação significativa e qualitativa para a nossa formação enquanto estudantes, tanto pelas dinâmicas apresentadas, quanto pela expressão do impulso lúdico presente nos movimentos vividos nas aulas de Educação Física, e o aprendizado em todo o planejamento até sua execução e desafios que foram surgindo ao longo das aulas realizadas na escola. Logo tal experiência através do programa da residência pedagógica junto a escola se fez de suma importância para a nossa formação como futuras professoras de Educação Física. Palavras-chave: Jogos, Jogos de Salão, Educação Física Escolar, Autonomia. Referências COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez editora, 2017. FRANÇA, Tereza Luiza de. Educação para e pelo Lazer. In: MARCELLINO, Nelson Carvalho (Org.). Lúdico, educação e educação física. Ijuí: Ed. UniJUí, 1999. (Coleção Educação Física).