Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PELOS CAMINHOS DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO: O DISCENTE COMO UM CIDADÃO CRÍTICO, SOCIAL E ATIVO NA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA

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Além disso, esta pesquisa tem como objetivos específicos identificar e analisar indícios de autonomia em diferentes versões dos textos produzidos pelos alunos, de que forma se expressa essa autonomia e de que modo as orientações do professor contribuíram ou não para a constituição de produtores de texto relativamente autônomos. A pesquisa foi realizada a partir da necessidade que o professor sentiu em analisar como seus alunos estavam desenvolvendo o gênero textual redação, já que os mesmos fariam uma produção para um projeto de leitura e produção textual que a escola irá desenvolver com eles, desta forma foi necessário perceber as maiores dificuldades dos alunos com relação ao processor de produção de texto, desde a estrutura do gênero textual quanto na articulação das ideias para a produção textual, assim como a prática de uma escrita padrão exigida pelo gênero em estudo. Para tanto, os estudos de alguns teóricos como Irandé Antunes (2003), Paulo Freire (1989), Ângela Kleiman (2003 e 2004), Ingedore Villaça Koch (2002), José Carlos Libâneo (1994), Luís Antonio Marcuschi (2004), Ezequiel Teodoro da Silva (1986) e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2000), contribuem para adquirirmos uma melhor compreensão e flexibilidade diante das maiores dificuldades dos alunos frente a produção textual, buscando embasamentos teóricos em como ajudá-los nesse processo autêntico. Os dados desta pesquisa foram obtidos a partir de um trabalho de auto-observação, registrado nos seguintes instrumentos de coleta: anotações através de um diálogo coletivo com os discentes sobre suas experiências com a produção do gênero textual redação e produções textuais realizadas por eles para perceber sua evolução a partir do auxílio do docente. A análise das primeiras versões aponta para espaços restritos de constituição da autonomia relativa na produção escrita, decorrentes de fatores multirrelacionados como as experiências escolares anteriores, além da prática pedagógica do professor. Dessa forma, o docente tem um papel fundamental em elevar a autoestima dos educandos, principalmente diante do papel em branco que os mesmos sentem tanto "medo" para iniciaram a exposição de ideias. É preciso instigá-los para tentar várias vezes até chegar na versão final e perceber que após tantas tentativas o produto chega e ver o brilho nos olhos deles por terem conseguido nos faz acreditar que é possível construirmos neles a necessidade de se posicionarem como sujeitos críticos, sociais e ativos na construção da sua própria história, diante de algum tema social, seja ele polêmico ou não. Conforme os textos analisados, é possível afirmar que a atividade de produção escrita do gênero redação possibilita aos alunos marcarem-se como sujeitos relativamente autônomos, a partir das necessidades linguísticas e discursivas com as quais eles se deparam nos momentos de produções de textos. Após o produto pronto devemos considerar que o caminho percorrido requer que os alunos a todo momento sejam motivados para esse processo de produção textual, pois muitos deles chegam no 1º ano do Ensino Médio com muitas dificuldades de escrita e tendo praticado pouca leitura de textos que auxiliam na elaboração de suas ideias quando passam a desenvolver uma tese, argumentos e dá sugestões no seu texto dissertativo-argumentativo com o gênero textual redação. Esses alunos no dia da premiação de medalhas e troféus por todo o percurso até o produto final foram muito elogiados pelo corpo docente da escola por seu esforço e dedicação no projeto que conseguiu revelar muitos talentos na escola e abriu caminho para Btantos outros que envolvam a leitura e a produção textual dos nossos discentes. Palavras-chave: Autonomia relativa. Produções de redações. Auto-observação. Experiências escolares Referências ANTUNES, I. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial: 2003. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2000. Parte II. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23 ed. São Paulo: Cortez, 1989. KLEIMAN Ângela. Oficina de leitura. São paulo: Editora Pontes, 2004. KLEIMAN Ângela e MORAES, Silvia E. Leitura e interdisciplinaridade. Tecendo redes nos projetos da escola. São Paulo: Mercado das Letras, 2003. KOCH, I. G. Villaça. Argumentação e linguagem. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2002. LIBÂNEO, J. C. Didática. 1 ed. São Paulo: Cortez, 1994. MARCUSCHI, Luís Antonio. Gêneros textuais e produção escrita. Curso de especialização em Letras: Modulo III. Brasília: UnB, 2004. SILVA, Ezequiel Teodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. Campinas: Editora Papirus, 1986. [1] Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela Academia Alagoana de Letras e professora do Ensino da escola Estadual Carlos Lyra, localizada no município de São José da Laje no Estado de Alagoas. jaciane_letras@hotmail.com"
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PELOS CAMINHOS DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO: O DISCENTE COMO UM CIDADÃO CRÍTICO, SOCIAL E ATIVO NA SUA PRÓPRIA HISTÓRIA Jaciane Nogueira Silva Cavalcante[1] Eixo Temático: Educação, linguagens, tecnologias e valores - com ênfase em referenciais, metodologias e práticas na formação humana na perspectiva emancipatória. Resumo O presente trabalho situa-se na área de Linguística Aplicada, inscreve-se sob uma perspectiva de cunho etnográfico e tem como objetivo geral analisar como se constitui a autonomia relativa do sujeito nas produções de redações de alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Carlos Lyra, localizada no município de São José da Laje no Estado de Alagoas. Além disso, esta pesquisa tem como objetivos específicos identificar e analisar indícios de autonomia em diferentes versões dos textos produzidos pelos alunos, de que forma se expressa essa autonomia e de que modo as orientações do professor contribuíram ou não para a constituição de produtores de texto relativamente autônomos. A pesquisa foi realizada a partir da necessidade que o professor sentiu em analisar como seus alunos estavam desenvolvendo o gênero textual redação, já que os mesmos fariam uma produção para um projeto de leitura e produção textual que a escola irá desenvolver com eles, desta forma foi necessário perceber as maiores dificuldades dos alunos com relação ao processor de produção de texto, desde a estrutura do gênero textual quanto na articulação das ideias para a produção textual, assim como a prática de uma escrita padrão exigida pelo gênero em estudo. Para tanto, os estudos de alguns teóricos como Irandé Antunes (2003), Paulo Freire (1989), Ângela Kleiman (2003 e 2004), Ingedore Villaça Koch (2002), José Carlos Libâneo (1994), Luís Antonio Marcuschi (2004), Ezequiel Teodoro da Silva (1986) e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2000), contribuem para adquirirmos uma melhor compreensão e flexibilidade diante das maiores dificuldades dos alunos frente a produção textual, buscando embasamentos teóricos em como ajudá-los nesse processo autêntico. Os dados desta pesquisa foram obtidos a partir de um trabalho de auto-observação, registrado nos seguintes instrumentos de coleta: anotações através de um diálogo coletivo com os discentes sobre suas experiências com a produção do gênero textual redação e produções textuais realizadas por eles para perceber sua evolução a partir do auxílio do docente. A análise das primeiras versões aponta para espaços restritos de constituição da autonomia relativa na produção escrita, decorrentes de fatores multirrelacionados como as experiências escolares anteriores, além da prática pedagógica do professor. Dessa forma, o docente tem um papel fundamental em elevar a autoestima dos educandos, principalmente diante do papel em branco que os mesmos sentem tanto "medo" para iniciaram a exposição de ideias. É preciso instigá-los para tentar várias vezes até chegar na versão final e perceber que após tantas tentativas o produto chega e ver o brilho nos olhos deles por terem conseguido nos faz acreditar que é possível construirmos neles a necessidade de se posicionarem como sujeitos críticos, sociais e ativos na construção da sua própria história, diante de algum tema social, seja ele polêmico ou não. 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