Este trabalho tem como objetivo demonstrar o sentido de pertencimento ligado a subalternidade feminina através das tatuagens de detentas, motivado por questões levantadas no filme o “prisioneiro da grade de ferro” e no documentário “se eu não tivesse amor”, e por uma visita ao museu do cárcere na cidade de São Paulo. Assim, foi realizada uma pesquisa qualitativa quanto aos fins trata-se de uma investigação exploratória e quanto aos meios a pesquisa mescla distintos métodos: pesquisa de campo a partir da visita ao museu do cárcere; Investigação documental em filme, documentário e fotografias, e também pesquisa bibliográfica. O referencial teórico está constituído abordando os seguintes temas: o uso do corpo enquanto expressão de linguagem - que marca as diferenças entre os grupos sociais; Tatuagem - breve conceito histórico e seu surgimento como produto da moda, expressão de gênero e ligada a criminalidade; Tatuagem e ambiente carcerário - enfatizando as técnicas utilizadas e o seu significado peculiar no interior das cadeias; detentas e o significado de pertencimento ao homem - discutindo o pertencimento através de suas tatuagens. O resultado do estudo é a constatação que detentas tatuam os nomes de seus companheiros de forma artesanal e perigosa pois utilizam materiais não apropriados dentro da unidade prisional colocando em risco sua saúde, e marcando seus corpos representando aprisionamento para com seus companheiros.