O presente trabalho objetiva analisar as relações entre gênero e participação política, tendo o Conselho Municipal de Assistência Social em Maracanaú como campo de pesquisa, e suas conselheiras integrantes, como interlocutoras. O trabalho, portanto, percorre o debate acerca dos espaços políticos e a inserção das mulheres nessas esferas, bem como, levanta a discussão de instâncias políticas que possibilitam melhores condições para a inserção dessas mulheres, enquanto outras instâncias continuam a oferecer resistência para a igualdade de gênero em suas composições. Ao mesmo tempo o artigo busca salientar as condições impostas para a inclusão dessas mulheres nos referidos espaços que configuram uma zona de melhor e maior acesso, bem como, seus limites de inclusão. Realiza um breve passeio histórico a fim de levar o(a) leitor(a) a compreender as interfaces entre tipos diversos de militâncias e atuação política e as relações de gênero historicamente construídas dialogando com os desenhos institucionais estabelecidos nas sociedades que permitiram a gênese da atuação em atividades da vida pública do fazer político para a categoria feminina. Por fim, o trabalho resgata do campo de pesquisa as trajetórias de vida e atuação política das conselheiras do Conselho de Assistência Social de Maracanaú (CMAS) e seus olhares e leituras sobre o fazer político, bem como, seus interesses ou não a outros cargos políticos interventivos. Para a realização desse artigo, recorreu-se à pesquisa bibliográfica como forma de insumos teóricos para composição do trabalho, pesquisa documental para subsídio de legislações e aporte de documentos sobre o tema e à pesquisa de campo, tomando como interlocutoras da pesquisa as mulheres conselheiras do respectivo Conselho Gestor. Cabe destacar que o presente artigo decorre de reflexões provenientes de uma monografia redigida para fins de trabalho de conclusão de curso de graduação.