A prática de atividades físicas pode ocorrer também no meio natural através de trilhas ecológicas que se constituem como elemento cultural presente nas sociedades humanas desde os tempos remotos e serviam como via de comunicação entre diferentes localidades, tornando-se hoje um meio de contato efetivo com a natureza, servindo como espaço para a prática de diferentes esportes radicais e de aventura. A adesão por parte da população em relação à prática de caminhadas na natureza aumentou consideravelmente nas últimas décadas, com destaque para as atividades realizadas em áreas de proteção ambiental. A caminhada na natureza se constitui em uma das atividades físicas mais fáceis de realizar. Conhecida também como “trekken”, atrai muitos adeptos por ser considerada de baixo custo e com potencial capacidade de melhorar a aptidão cardiorrespiratória dos indivíduos nas diferentes faixas etárias, incluindo o público idoso. O presente estudo busca relatar a experiência dos participantes do programa Universidade Aberta à melhor Idade da Universidade Regional do Cariri-URCA em relação à prática de caminhadas na natureza realizadas na Floresta Nacional do Araripe. O trabalho em questão evidencia-se como um relato de experiência. Classifica-se como bibliográfico, de campo e descritivo. A população participante da referida investigação científica pertence ao grupo de alunos matriculados no Programa Universidade Aberta à Melhor Idade da Pró-Reitoria de Extensão-PROEX da Universidade Regional do Cariri – URCA. A escolha das trilhas considerou aspectos como localização, acessibilidade, características estruturais e ambientais, extensão e possibilidades de adaptação de percursos. Foram realizadas no programa Universidade Aberta caminhadas na natureza no Geossítio Colina do Horto na cidade de Juazeiro do Norte e no Parque Estadual Sítio Fundão/Geossitio Batateira em Crato-CE. No início de cada caminhada eram realizadas atividades de aquecimento orgânico. Em determinados pontos das trilhas ocorriam os lanches, hidratação e os registros fotográficos. Ao final das referidas práticas eram realizadas atividades de volta à calma. Este trabalho realizado com os idosos do programa Universidade Aberta à Melhor Idade contribuiu para o processo de inclusão do grupo em questão, superando possíveis limitações físicas através de cuidados especiais e atenção redobrada, respeitando a individualidade de cada sujeito e seus respectivos interesses sem, no entanto, perder a noção de coletividade.