A educação em saúde tem uma grande importância na prevenção e promoção da saúde, e sua aplicação está sempre ligada à melhoria da qualidade de vida da pessoa, família e comunidade. O papel do enfermeiro envolve, portanto, muitas vertentes, dentre elas: a prática assistencial clínica e a pedagógica, através da educação em saúde. No mundo acadêmico, o ser educador se torna algo meio restrito para alguns, pois muitos veem como uma profissão à parte, apenas relacionada à docência, mas, de fato, toda profissão, de um modo ou de outro, em algum momento ou aspecto, acaba se valendo para as práticas educativas. Sob essa perspectiva, o presente estudo visa refletir sobre a dimensão educativa do trabalho do enfermeiro. Este estudo configura-se numa pesquisa de natureza qualitativa, do tipo exploratória e reflexiva. Enquanto técnica para coleta de dados se vale da revisão de literatura, em que se pesquisam autores que tratam da temática em questão, a fim de conhecer suas ideias e, assim, fomentar uma reflexão sobre a presente temática. Para tanto, reportou-se para artigos publicados em periódicos que pudessem ser acessados via internet, cuja busca foi realizada no google acadêmico, por meio das seguintes palavras-chave: educação em saúde; prática da educação em saúde e enfermagem. Para a sistematização dos dados, foram realizadas leituras dos artigos, em seguida foram feitos fichamentos, a fim de destacar os aspectos principais de cada texto. No que tange aos resultados, identificou-se que a educação em saúde, aplicada em vários setores e meios sociais, pode ser utilizada como uma ferramenta de grande valia para a promoção da saúde e prevenção das doenças, podendo modificar o meio em que as pessoas, famílias e coletividades estejam. E essa construção de conhecimentos configura-se relevante para que se consiga auxilia os sujeitos a refletirem sobre o seu comportamento em relação ao cuidado com si mesmo e, assim, fornecer-lhes subsídios par modificar suas atitudes. Desse modo, a educação em saúde pode fomentar espaços e abranger um compartilhamento de conhecimentos entre profissional e paciente para que se possa possibilitar a ele um plano assistencial voltado para suas características próprias apresentadas e, assim podendo aplicar e implementar uma melhor forma de se trabalhar com o sujeito na sua integralidade humana. É pertinente refletir que, desde a formação acadêmica, muitos alunos não demonstram ter interesse em desenvolver práticas e projetos relacionados à educação em saúde, sendo essa inércia um desafio a ser superado por cada acadêmico. Conclui-se, assim, a importância de se trabalhar fundamentos teóricos-metodológicos, tanto no âmbito da graduação como da educação permanente, que possibilitem a execução e o aprimoramento dessa atividade, posto que se percebe que muitos profissionais ainda pensam que para educar em saúde basta saber a fisiopatologia, o tratamento e as medidas de prevenção das doenças. Isso é importante. Porém não o suficiente. É necessário entender o que é educação, por que se está educando, como se está educando, quando se está educando, onde e se está educando e quem está sendo educado.